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    Moraes manda soltar Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro

    Tenente-coronel estava preso desde 22 de março no Batalhão da Polícia do Exército

    Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Foto. Edilson Rodrigues-Agência Senado

    247 - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), emitiu uma ordem de soltura nesta sexta-feira (3) para o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), diz reportagem da CNN Brasil. Cid estava detido desde 22 de março no Batalhão da Polícia do Exército, em Brasília.

    Moraes concedeu liberdade provisória a Cid, mantendo medidas cautelares estabelecidas no processo, como a proibição de falar sobre as investigações, que foi o motivo de sua prisão em 22 de março.

    O militar, que havia firmado um acordo de colaboração premiada, foi novamente preso após a divulgação de áudios nos quais ele critica a investigação conduzida pela Polícia Federal e o próprio ministro Moraes, relator dos inquéritos que Cid. 

    O tenente-coronel é alvo de investigações relacionadas a uma suposta trama de tentativa de golpe de Estado, falsificação de cartões de vacina contra a Covid-19 e pela venda de joias sauditas que deveriam ter sido incorporadas ao patrimônio do Estado brasileiro, mas que Bolsonaro tentou se apropriar.

    Em áudios vazados pela revista Veja em 21 de março, Cid expressa sua frustração: "Eles (os policiais) queriam que eu falasse coisa que eu não sei, que não aconteceu." Ele também criticou a condução do processo, mencionando o relator do inquérito: "O Alexandre de Moraes já tem a sentença dele pronta", disse o militar.

    “No pedido de liberdade, a defesa de Mauro Cid argumentou que os áudios não causaram prejuízo à investigação e que não houve obstrução de justiça. Além disso, cita que a gravação foi feita clandestinamente. Cid alega ter falado com um momento de desabafo”, destaca a reportagem.

    Um dia após a divulgação dos áudios, Cid compareceu a uma audiência no STF para confirmar os termos de sua colaboração premiada, que originalmente garantiria sua libertação em setembro de 2023. Durante a audiência, ele reiterou tudo o que havia dito na delação e negou ter sido coagido, afirmando que os áudios foram enviados em um momento de desabafo.

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