“O crime organizado é transnacional e a solução precisa ser concertada entre as nações”, afirma Paulo Gonet
Procurador-geral da República destaca sinergia institucional no Brasil e a necessidade de cooperação global para combater o crime organizado
247 - Durante o Fórum Esfera, em Roma, neste sábado, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, fez um alerta sobre o avanço do crime organizado no cenário global. Segundo Gonet, a natureza do crime organizado evoluiu e, atualmente, opera de forma transnacional. “Hoje, o crime internacional é transnacional e a solução precisa ser concertada entre as nações”, afirmou, destacando a necessidade de cooperação internacional para combater as redes criminosas que ultrapassam fronteiras.
O procurador-geral também ressaltou o clima positivo nas instituições brasileiras. “Estamos num momento de extrema felicidade institucional no Brasil. Há muita sinergia entre todas as instituições”, declarou, sublinhando a cooperação entre os diversos órgãos do sistema de justiça no país.
O que é o crime organizado e sua dimensão transnacional
O crime organizado é caracterizado por grupos estruturados e hierárquicos que buscam a prática de atividades ilícitas com fins lucrativos. Tradicionalmente, essas atividades incluem tráfico de drogas, armas, contrabando, lavagem de dinheiro e corrupção, entre outras. No entanto, o crime organizado evoluiu nas últimas décadas, expandindo suas operações para além das fronteiras nacionais.
Hoje, a transnacionalidade do crime organizado se reflete na sua capacidade de operar em vários países simultaneamente, aproveitando-se de diferenças jurídicas, econômicas e sociais entre os Estados. Grupos criminosos se conectam globalmente para movimentar drogas, armas, pessoas e dinheiro de maneira eficiente e clandestina. Redes como o narcotráfico e o tráfico de seres humanos são exemplos claros de como o crime se espalha globalmente, exigindo uma resposta coordenada entre países.
Paulo Gonet reforçou que esse fenômeno só pode ser combatido de forma eficaz com a colaboração internacional, uma vez que, na ausência de cooperação entre governos e instituições judiciais, as organizações criminosas encontram brechas para continuar suas atividades. A mobilização global, segundo ele, é uma ferramenta essencial para enfrentar essas ameaças.
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