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    O vídeo que complica ainda mais Braga Netto nas investigações da PF: "precisamos de mais um tempo"

    PF utilizou um vídeo envolvendo o general Braga Netto como uma das principais evidências

    Ministro da Defesa, Walter Braga Netto (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

    247 - A Polícia Federal (PF) utilizou um vídeo envolvendo o general Braga Netto como uma das principais evidências para reforçar as acusações de que ele teria articulado um golpe de Estado. A prisão do militar, realizada no último sábado (14) por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ocorreu sob a justificativa de que Braga Netto estaria obstruindo investigações em andamento. As informações são de Paulo Cappelli, do Metrópoles.

    O vídeo, registrado em frente ao Palácio da Alvorada no dia 18 de novembro de 2022, mostra o general em conversa com manifestantes que pediam intervenção militar. Em um momento, Braga Netto evita contato com a imprensa, mas dirige-se ao grupo e solicita “um tempo”. De acordo com a PF, essa fala é interpretada como indício de que ele estaria pedindo prazo para colocar em prática um plano que incluiria ações contra o ministro Alexandre de Moraes e a interrupção da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

    No relatório, a PF afirma que, dias antes desse diálogo, Braga Netto teria participado de uma reunião em sua residência para definir estratégias que impediriam a posse de Lula. “Conforme descrito no tópico anterior, após a reunião no dia 12 de novembro de 2022, na residência do general Braga Netto, com a aprovação do planejamento operacional e os ajustes das necessidades iniciais descritos no documento ‘Copa 2022’, os investigados deram início às ações concretas para monitorar e prender o ministro Alexandre de Moraes”, aponta o documento.

    O general, que integrou a chapa de Jair Bolsonaro como vice em 2022, nega qualquer irregularidade. Ele foi detido sob a acusação de obstrução de Justiça.

    Plano “Copa 2022” e outras evidências

    De acordo com a PF, o documento denominado “Copa 2022” teria servido como guia para a execução das ações. Nele, estariam detalhadas diretrizes operacionais e objetivos que incluíam monitorar autoridades e mobilizar recursos com vistas a interferir no resultado eleitoral.

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