PF deve indiciar mais pessoas em inquérito da trama golpista
Militar suspeito de envolvimento em ataques contra Lula, Alckmin e Moraes deve ser incluído em relatório complementar
247 - A Polícia Federal (PF) está prestes a ampliar a lista de indiciados no inquérito que investiga um suposto plano de golpe de Estado. Na última quinta-feira (21), 37 pessoas já haviam sido formalmente acusadas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação foi divulgada pela CNN, que teve acesso a detalhes das investigações em curso.
Entre os casos pendentes está o do tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo, conhecido como “Kid Preto” no Exército. O militar foi preso recentemente sob a suspeita de integrar um esquema que visava assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar da gravidade das acusações, Azevedo ainda não consta entre os indiciados devido à falta de um depoimento oficial.
Procedimentos legais atrasam inclusão
De acordo com a Lei de Organização Criminosa, há um prazo mínimo de três dias entre a intimação e o interrogatório de um investigado. Por isso, a PF ainda não concluiu a oitiva do tenente-coronel. Fontes da instituição afirmaram à CNN que, após o depoimento, Azevedo deverá ser formalmente indiciado, e um relatório complementar será enviado ao STF.
O militar é o único preso na operação Contragolpe, deflagrada no dia 19 de novembro, que ainda não figura na lista de indiciados. A ação policial apura crimes relacionados à abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa e conspiração para um golpe de Estado.
Implicações para a investigação
Além de Azevedo, a PF planeja incluir outras pessoas envolvidas na execução do plano de ataque, segundo fontes próximas às investigações. Esse desdobramento demonstra que a investigação segue em ritmo acelerado para fechar todas as pontas do caso.
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