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PF encontra com Ramagem monitoramento de procuradores durante o governo Bolsonaro

Em depoimento, ex-chefe da Abin afirmou não se lembrar da origem do documento “Levantamento - Ataques do MPF I.doex”, que era constantemente atualizado

Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem Rodrigues (Foto: Carolina Antunes/PR | Reprodução)

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247- A Polícia Federal (PF) localizou com o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) do governo Jair Bolsonaro (PL), um documento contendo informações sobre procuradores considerados contrários à gestão do ex-mandatário. A lista, segundo o jornal O Globo,  inclui membros do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público Junto ao Tribunal de Contas da União que investigaram ou denunciaram Bolsonaro, sua família e aliados.

Em seu depoimento à PF, Ramagem, afirmou não se lembrar da origem do documento intitulado “Levantamento - Ataques do MPF I.doex”, que era frequentemente atualizado. Entre os monitorados estão procuradores como Ana Carolina Haliuc Bragança, conhecida por seu trabalho na área ambiental, e Célia Regina Souza Delgado, que pressionou o governo sobre ações na pandemia. Segundo informações obtidas pelo Brasil 247, ainda constam no documento de alvos monitorados os seguintes nomes: Enrico Rodrigues de Freitas, José Gladston Viana Correia, André Terrigno Barbeitas, Renato Enil de Góes, Daniel Cesar Azeredo Avelino, Mario Alves Medeiros, Igor Da Silva Spindola, Julio Jose Araujo Junior, Marcia Brandao Zolfinger, Luis De Camoes Lima Boaventura, Manoela Lopes Lamenha Lins Cavalcante, Leandro Mitidieri Figueredo, Rafael Da Silva Rocha e Luciana Loureiro Oliveira.

O documento divide os monitorados conforme sua relação com Bolsonaro e inclui críticas a procuradores que investigaram apoiadores do ex-mandatário, como Luciano Hang, dono da rede varejista Havan. Ramagem é investigado por supostamente liderar um esquema de espionagem e perseguição política a adversários de Bolsonaro, uma operação informal revelada em 2023, que utilizava a estrutura da agência chefiada por ele e que ficou conhecida como “Abin Paralela”. Ele admitiu ter escrito textos de interesse potencial para Bolsonaro, mas não recorda se os enviou.

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