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    PF encontra roteiro para deputados bolsonaristas em HD de general preso por trama golpista

    Documento orientava ataques ao governo, STF e PF na CPMI dos atos golpistas

    Mario Fernandes (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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    247 - A Polícia Federal localizou em um HD do general Mário Fernandes um documento detalhando estratégias para uso por deputados bolsonaristas na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro. Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, foi preso na terça-feira (19/11), acusado de envolvimento em um plano golpista que incluía os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do STF Alexandre de Moraes.

    Segundo o Metrópoles, o roteiro, datado de 16 de maio de 2023, dez dias antes da instalação da CPMI, possui três páginas e revela uma narrativa coordenada para desviar o foco dos atos golpistas. Ele orientava a oposição a explorar o episódio politicamente, atacando o governo federal, o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Polícia Federal (PF).

    As orientações, descritas como "ideias-forças", tinham como finalidade: responsabilizar o governo Lula alegando que que o Executivo teria prevaricado  ao supostamente saber dos riscos e não evitar os ataques às sedes dos Três Poderes. O documento orientava a oposição a apontar "leniência" do governo, explorando politicamente os acontecimentos. Associar a prisão de bolsonaristas envolvidos nos atos do 8 de janeiro de 2023 ao "tratamento dos judeus pelos nazistas". O texto afirmava que as detenções foram arbitrárias e coletivas, ferindo o princípio de individualidade nos julgamentos. e acusar a PF de cometer "abusos", seguir "ordens ilegais" e violar o devido processo legal ao prender cerca de 1,5 mil pessoas envolvidas nos atos golpistas.

    Ainda segundo a reportagem, o documento também listava nomes de autoridades que deveriam ser convocadas pela CPMI, incluindo o então ministro da Justiça Flávio Dino, atual ministro do STF,  e o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias. Ele também sugeria perguntas para tentar construir narrativas contra o governo e instituições democráticas.

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