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    PF investiga se Dino também era alvo do plano assassino de militares golpistas bolsonaristas

    Plano de ataque contra autoridades envolvia codinomes; 'Juca' pode ter sido referência ao ministro Flávio Dino, atual integrante do STF

    Flávio Dino (Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF)

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    247 – A jornalista Mônica Bergamo revelou que a Polícia Federal (PF) está aprofundando as investigações sobre um plano macabro que envolvia militares com o intuito de assassinar autoridades e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além de Lula, o então vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, estavam entre os alvos. Agora, as investigações se voltam para determinar se Flávio Dino, na época senador eleito e indicado para comandar o Ministério da Justiça, também figurava como um dos objetivos da conspiração, segundo sua coluna na Folha de S. Paulo.

    Apelidado de "Juca" em documentos apreendidos, Dino, hoje ministro do STF, pode ter sido considerado uma peça-chave a ser "neutralizada" pela operação. A PF encontrou um detalhamento com três páginas que mencionava os alvos sob codinomes e que teria sido impresso no Palácio do Planalto em novembro de 2022. A suspeita é de que o material, posteriormente, foi levado ao Palácio da Alvorada, onde residia o então presidente Jair Bolsonaro (PL).

    O plano atribuía a Lula o codinome "Jeca", sugerindo um possível envenenamento ou colapso orgânico devido à vulnerabilidade de sua saúde na época. A morte de Lula, segundo os envolvidos, abalaria a chapa vencedora e causaria um forte impacto político. Alckmin, por sua vez, foi identificado como "Joca", com menção à extinção da chapa e a impossibilidade de um substituto automático que pudesse assumir a presidência.

    A ameaça à democracia e a resposta da justiça

    Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, revelou em uma decisão tornada pública que a PF havia solicitado a prisão preventiva de cinco suspeitos, incluindo um general da reserva, como parte das investigações sobre o planejamento do golpe. A Procuradoria-Geral da República (PGR) também deu seu aval, reforçando as evidências de um plano bem articulado e com ameaças concretas ao Estado Democrático de Direito.

    Entre os investigados estão militares do Exército com formação em Forças Especiais e um agente da Polícia Federal. O plano, codinome "Copa 2022", incluía ações como vigilância e possível detenção ou eliminação de figuras estratégicas do novo governo. Conversas obtidas de dispositivos do ex-ajudante de ordens da Presidência, Mauro Cid, apontam para a preparação meticulosa das ações, envolvendo também o coronel Marcelo Câmara.

    Os detidos, incluindo Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra Azevedo, Mário Fernandes e Wladimir Matos Soares, foram alvo de medidas que vão desde a busca e apreensão de dispositivos eletrônicos até a suspensão de funções públicas e a entrega de passaportes. Moraes destacou que essas ações são "necessárias e adequadas" para garantir a investigação completa e proteger a democracia.

    A operação revela uma tentativa audaciosa e altamente organizada de subversão, evidenciando como a ameaça ao sistema democrático foi mais profunda e calculada do que se supunha inicialmente.

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