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    PGR pede que PF esclareça 'grau de envolvimento' de General Girão no 8 de janeiro

    Procurador-geral solicita análise do papel do deputado federal em manifestações antidemocráticas

    Deputado General Girão (PL - RN) (Foto: Cleia Viana/Agência Câmara)

    247 - A Procuradoria-Geral da República (PGR) reforçou a necessidade de continuar investigando o suposto envolvimento do deputado federal General Girão (PL-RN) nos atos antidemocráticos que culminaram nos eventos de 8 de janeiro de 2023. A informação, inicialmente divulgada pela Polícia Federal (PF) em relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), aponta possíveis crimes cometidos pelo parlamentar, que teria incentivado seus apoiadores a pedir uma intervenção militar após o resultado das eleições de 2022, informa o jornal O Globo.

    O procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitou novas diligências à PF para esclarecer o "grau de envolvimento" de Girão nos eventos investigados. A PGR destaca a importância de uma análise detalhada das recentes atividades do deputado em redes sociais, especialmente no contexto de postagens antidemocráticas.

    Em um relatório de outubro do ano passado, a PF afirmou que General Girão teria cometido crimes ao incitar seus seguidores a questionar o sistema eleitoral e pressionar por uma intervenção militar. Durante manifestações, o deputado teria feito declarações que, segundo a PF, legitimaram os movimentos que contestavam o resultado das urnas e incentivaram atos antidemocráticos.

    Contudo, em seu depoimento, o deputado negou envolvimento com atividades criminosas e alegou que suas falas estavam "nos limites da Constituição". Ele explicou que, ao citar os militares, referia-se a uma defesa genérica da função das Forças Armadas dentro do que prevê a Constituição Federal. Ele ainda declarou que sua presença em frente ao batalhão do Exército em Natal (RN) em dezembro de 2022 foi "ocasional", alegando ter discursado após ser reconhecido pelos manifestantes.

    A PF, no entanto, sustentou em seu relatório que havia elementos suficientes para se considerar que o deputado estimulou os manifestantes a pressionar por uma intervenção militar, o que poderia caracterizar incitação a atos antidemocráticos. O caso permanece sob análise, com a PF responsável por realizar novas investigações a pedido da PGR.

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