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    Sindifisco reage à 'Abin paralela' e vai processar envolvidos em ataques a auditores para blindar Flávio Bolsonaro

    PF descobriu uma reunião em que Jair Bolsonaro e Ramagem traçam uma estratégia para descredibilizar os auditores que embasaram a denúncia contra Flávio Bolsonaro por rachadinha

    247 - O Sindifisco, sindicato que representa os auditores fiscais, anunciou que irá processar os responsáveis pela espionagem ilegal realizada pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) contra os auditores que embasaram a denúncia contra o senador Flávio Bolsonaro (Pl-RJ) no caso das rachadinhas. 

    O presidente do Sindifisco, Isac Falcão, declarou à coluna Painel S.A., da Folha de S. Paulo, que "os indiciados precisam pagar pelo que fizeram". “Há a possibilidade de reparação civil. O sindicato vai buscar a proteção judicial para que o embaraço à atividade do auditor não saia impune”, completou. 

    Ainda conforme a reportagem, advogados já estão estudando o inquérito para identificar os ilícitos cometidos contra cada auditor, e o sindicato pretende buscar repercussões cíveis e criminais. O inquérito revelou que Christiano Paes Leão Botelho, então chefe do escritório da Corregedoria da Receita Federal no Rio de Janeiro, foi monitorado pela chamada "Abin paralela" do governo Jair Bolsonaro (PL). 

    Botelho havia colaborado no trabalho que levou à denúncia contra o senador Flávio Bolsonaro. Ele foi exonerado após uma reunião entre Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin, que discutiram estratégias para blindar Flávio no caso das rachadinhas. Oficialmente, Botelho pediu para sair, o que resultou em sua exoneração.

    A reunião, que também contou com a presença do general Augusto Heleno, então ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e de uma advogada de Flávio, foi registrada em um áudio anexado ao inquérito pela Polícia Federal. No áudio, Ramagem sugere abrir processos administrativos contra os auditores por supostas irregularidades na investigação contra Flávio, visando anulá-la. Bolsonaro concordou com a proposta, e o processo contra seu filho foi arquivado em 2022, dois anos após a conversa.

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