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Starlink desafia STF e diz à Anatel que não obedecerá decisão de bloquear rede X, de Elon Musk

Anatel deve abrir processo contra empresa do bilionário de extrema-direita Elon Musk

A antena Starlink é vista no telhado da Escola John F. Kennedy, localizada no vilarejo de Sotomo, nos arredores da cidade de Cochamo, região de Los Lagos, Chile, 7 de agosto de 2021 (Foto: Reuters)

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(Reuters) - O provedor de internet via satélite Starlink, controlado por Elon Musk, disse à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que não cumprirá uma ordem judicial para bloquear a plataforma de mídia social X no país até que suas contas locais sejam descongeladas.

A Anatel confirmou a informação à Reuters nesta segunda-feira, depois que seu diretor, Carlos Baigorri, disse à TV Globo que havia recebido uma nota da Starlink, que tem mais de 200 mil clientes no Brasil, e a encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, ordenou que todas as operadoras de telecomunicações do país bloqueassem a X, que também pertence ao bilionário Musk, por não ter indicado um representante legal no Brasil.

A medida também levou ao congelamento das contas bancárias da Starlink no Brasil. A Starlink é uma unidade da SpaceX, empresa de foguetes liderada por Musk. O bilionário respondeu ao bloqueio das contas chamando Moraes de "ditador".

A decisão de congelar as contas da Starlink decorre de uma disputa separada sobre multas não pagas que o X foi condenada a pagar por não ter entregue alguns documentos.

O STF não respondeu a um pedido de comentário.

Nesta segunda-feira, a Primeira Turma do Supremo, composta por cinco membros, deverá decidir se mantém a decisão de Moraes.

Especialistas em direito consultados pela Reuters disseram acreditar que a Turma provavelmente confirmará a decisão de Moraes.

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