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"STF está fazendo uma reparação às injustiças", diz Genoino sobre decisão que anulou condenações de Dirceu

A decisão da Corte apontou sete indícios de parcialidade na atuação do ex-juiz Sergio Moro

José Genoino (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

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Por Bianca Penteado (247) – O ex-presidente nacional do PT, José Genoino, declarou que a decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou as condenações do ex-ministro José Dirceu (PT) provenientes da Operação Lava Jato, representa um ato de “reparação” do tribunal, considerando julgamentos anteriores.

“Acho que nesse processo o STF está fazendo uma reparação às injustiças praticadas, que vêm desde o Mensalão, mas principalmente na Lava Jato”, afirmou Genoino durante um evento promovido pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Bauru, realizado na quarta-feira (30). “A parcialidade de Sergio Moro já está mais do que clara.”

A decisão do ministro, divulgada na terça-feira (29), anulou as ações contra Dirceu ao considerar o ex-juiz Sergio Moro suspeito e parcial. Gilmar entendeu que os processos contra o ex-ministro tinham o objetivo de atingir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No parecer, Gilmar Mendes destacou sete indícios de parcialidade na conduta de Moro, incluindo atuação do ex-juiz para impedir a soltura de Lula em 2018, mesmo sem jurisdição sobre o caso. Para o ministro, Moro buscava manter o petista preso durante o período eleitoral, interferindo na participação de Lula no pleito daquele ano.

“A motivação política do magistrado está muito mais escancarada hoje”, diz trecho da decisão. Nas eleições de 2018, Jair Bolsonaro (PL) foi eleito presidente, e Sergio Moro passou a integrar o governo como ministro da Justiça.

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