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    TSE não cogita adiamento das eleições, como quer Eduardo Leite

    Corte Eleitoral diz que existem condições para realizar o pleito e que um eventual adiamento só pode ocorrer por meio de emenda constitucional

    Eduardo Leite (Foto: Reprodução/PSDB)

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    247 - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não considera, no momento, adiar as eleições municipais, apesar da solicitação do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). Leite, em entrevista ao jornal O Globo nesta segunda-feira (20), argumentou que a troca de governos municipais durante o processo de recuperação do estado, afetado por enchentes, pode complicar a reconstrução. "O Estado estará em reconstrução, ainda em momentos incipientes, em que trocas de governos municipais podem atrapalhar esse processo. O próprio debate eleitoral pode acabar dificultando a recuperação", disse o governador.

    Membros da Corte ouvidos pela coluna da jornalista Andréia Sadi, do G1, dizem que a questão do adiamento ainda não chegou ao TSE e que “essa é uma discussão que passa necessariamente pelo Congresso Nacional, já que o adiamento só pode ocorrer mediante emenda constitucional”.

    Mesmo com os danos causados pelos alagamentos, o TSE possui uma reserva técnica de urnas eletrônicas para substituir as danificadas e garantir a realização das eleições. Informações recentes indicam que, das cerca de 15 mil urnas armazenadas no depósito de Porto Alegre, apenas cinco mil serão necessárias para o pleito em outubro. Muitas urnas estão guardadas em prateleiras altas, o que pode ter evitado danos significativos. Contudo, a extensão dos estragos só poderá ser avaliada quando as águas recuarem.

    As eleições municipais já foram adiadas anteriormente, em 2020, devido à pandemia de coronavírus. Na ocasião, uma emenda constitucional foi aprovada pelo Congresso em julho daquele ano, adiando as eleições em um mês e meio. Apesar disso, a data de posse dos eleitos foi mantida para o dia 1 de janeiro de 2021.

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