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    "Uma violação inaceitável contra o povo brasileiro e a soberania do nosso país", diz Odair Cunha sobre arapongagem dos EUA

    Líder do PT na Câmara criticou o esquema do governo dos EUA que monitorou o presidente Lula por mais de 50 anos e produziu 3,3 mil páginas de registros

    Deputado Odair Cunha (Foto: Gabriel Paiva)

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    247 - O líder do PT na Câmara dos Deputados, Odair Cunha (PT-MG), fez duras críticas às recentes revelações de espionagem dos Estados Unidos contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Brasil. Em uma publicação no X, antigo Twitter, Cunha destacou a gravidade das denúncias que indicam que Lula foi vigiado por diversos órgãos do governo estadunidense desde 1966.

    “As denúncias de que Lula e o Brasil foram espionados durante décadas pelos EUA são extremamente graves. O presidente Lula foi vigiado por diversos órgãos do governo estadunidense desde 1966, numa espionagem que envolveu não só a sua vida como também às relações internacionais do Brasil, nossa produção de petróleo e defesa nacional, até onde sabemos. Uma violação inaceitável contra o povo brasileiro e a soberania do nosso país. E também reforça o que sempre dissemos: patriota de verdade é quem se preocupa com os interesses da própria nação, e não quem bate continência e se submete, com orgulho, a outros países”, afirmou o deputado.

    Entenda o caso

    O jornalista e escritor Fernando Morais, biógrafo do presidente Lula (PT), divulgou que diferentes órgãos do governo dos Estados Unidos monitoraram o líder brasileiro ao longo de mais de cinco décadas, resultando na produção de 819 documentos, totalizando 3.300 páginas de registros. As informações, obtidas através de pedidos protocolados em 2019, segundo a Folha de S. Paulo, abrangem o período de 1966 a 2019. A maior parte dos documentos foi produzida pela CIA, que mantém 613 registros, somando 2.000 páginas.

    Os documentos detalham, entre outros aspectos, a relação de Lula com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), com autoridades do Oriente Médio e da China, além de planos militares brasileiros e a produção da Petrobras. Os registros cobrem desde a ascensão de Lula no movimento sindical durante a ditadura militar até pouco após sua prisão injusta em 2018.

    Até agora, foram identificados 613 documentos da CIA, 111 do Departamento de Estado, 49 da Agência de Inteligência da Defesa, 27 do Departamento de Defesa, 8 do Exército Sul dos EUA e 1 do Comando Cibernético do Exército. Ainda se aguardam respostas do FBI, NSA e da Rede de Combate a Crimes Financeiros (FinCEN). O prazo para resposta é de 20 dias úteis, prorrogáveis por mais 20, para informar se os dados serão fornecidos.

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