'Vamos encarar esse debate', diz Gleisi sobre projeto de anistia aos golpistas do 8/1
Ministra diz que proposta perdeu força após ato esvaziado convocado por Jair Bolsonaro e alerta para tentativa da oposição de pautar o projeto no Congresso
247 - A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), disse que o governo do presidente Liz Inácio Lula da Silva (PT) está preparado para enfrentar o debate sobre o projeto de lei que propõe anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Mas, segundo ela, o apoio à proposta perdeu força, principalmente após a fraca mobilização registrada no ato convocado por Jair Bolsonaro (PL) no último domingo (16), no Rio de Janeiro.
“Somos contra a anistia, esse debate nós vamos encarar e não pode ter, porque o que aconteceu no País foi muito sério”, disse Gleisi à TV Fórum. Para ela, a tentativa de golpe promovida pelos apoiadores de Bolsonaro não pode ser tratada como episódio menor. “A tentativa de golpe deles foi muito séria, não foi uma brincadeira não, culminou no 8 de Janeiro”, acrescentou.
A ministra avaliou que não há base suficiente no Congresso Nacional para levar o projeto adiante. “Especialmente depois da manifestação que Bolsonaro chamou no Rio de Janeiro, acho que enfraqueceu bastante essa posição no Congresso Nacional”, pontuou.
Ainda assim, Gleisi acredita que os aliados do ex-mandatário vão insistir na tentativa de votação. “Mas é óbvio que vão tentar votar, fazer obstrução [de pauta]. Não conseguem fazer obstrução sozinhos, só o PL, teria que ter apoio de outros partidos, mas é a tentativa que vão fazer”, completou.
O projeto de lei 2.858/2022, de autoria do deputado federal bolsonarista Major Vitor Hugo (PL-GO), é atualmente o texto mais avançado no Congresso sobre o tema da anistia. O texto prevê perdão legal a todos os que participaram de atos relacionados ao 8 de janeiro, incluindo eventos anteriores e posteriores que tenham conexão com os ataques golpistas em Brasília. Se aprovado, o projeto pode até beneficiar diretamente Jair Bolsonaro.
Mesmo diante do esvaziamento de suas manifestações, o PL acredita ter votos suficientes para aprovar a proposta. Por ser um projeto de lei ordinária, é necessária maioria simples na Câmara dos Deputados: ao menos 257 votos dos 513 parlamentares.
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