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Violência na política não será aceita pela Justiça Eleitoral, diz Cármen Lúcia após incidentes em SP

Presidente do TSE não citou especificamente nenhum caso ou nome

Cármen Lúcia (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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(Reuters) - A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, afirmou nesta terça-feira -- um dia após assessor de um candidato a prefeito de São Paulo agredir o marqueteiro de concorrente -- que a Justiça eleitoral não irá tolerar casos de agressões no processo eleitoral.

A ministra não citou especificamente nenhum caso ou nome, mas a disputa pela prefeitura de São Paulo, maior cidade do Brasil, tem ganhado notoriedade diante de uma série de agressões -- seja entre candidatos, seja entre integrantes de suas equipes. Para Cármen Lúcia, a população tem se visto obrigada a presenciar "casos de violência da mais variada deformação".

"Política não é violência; é a superação da violência", disse a ministra em observações iniciais ao abrir uma sessão administrativa do TSE.

"Agressões físicas, atentados contra pessoas -- em especial contra mulheres -- e todas as agressões praticadas no processo eleitoral que vêm aumentando em demonstração de ensurdecedor retrocesso civilizatório não serão aceitas pela Justiça Eleitoral", declarou.

Na segunda-feira, em um dos casos mais emblemáticos das eleições municipais deste ano, um assessor do candidato à prefeitura da capital paulista Pablo Marçal (PRTB) agrediu o marqueteiro do atual prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) durante um debate promovido pelo podacst Flow.

Uma semana antes, Marçal também esteve envolvido em um episódio de violência, mas dessa vez como vítima. Em debate realizado pela TV Cultura, o telespectador pôde presenciar o momento em que o candidato José Luiz Datena (PSDB), sentindo-se ofendido por provocações, deu uma cadeirada no cadidato do PRTB.

Sem referir-se a nenhum caso específico, Cármen Lúcia, disse ainda que "cenas abjetas e criminosas que rebaixam a política a cenas de pugilato, desrazão e notícias de crimes" são resultados de despreparo, descaso, ou "tática ilegítima e desqualificada de campanha".

O primeiro turno das eleições municipais ocorre no dia 6 de outubro, quando eleitores de mais de 5 mil municípios escolhem prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.

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