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    Juca Ferreira vê no cinema brasileiro potencial de crescimento como indústria

    “O Brasil pode tornar o cinema uma indústria sustentável", diz o ex-ministro da Cultura

    Juca Ferreira criticou a postagem de Roberto Alvim. (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

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    247 – O ex-ministro da Cultura e atual assessor da presidência do BNDES, Juca Ferreira, acredita que o setor cultural de maior potencial para alavancar a cultura como negócio, no Brasil, é o cinema. Entusiasta do audiovisual, Juca conversou com o 247, a propósito do lançamento, no último dia 19, pelo presidente Lula, no edifício sede, do banco, no Rio, de um programa que dará apoio a toda a cadeia produtiva do cinema: da execução à distribuição, destinando ao segmento um valor de R$ 400 milhões. O programa – lançado no Dia Nacional do Cinema – foi elaborado em parceria com o Ministério da Cultura e a Ancine. Ao todo, o governo federal vai investir R$ 1,6 bilhão no Fundo Setorial do Audiovisual.

    A entrevista concedida por Juca Ferreira, ao programa “Denise Assis Convida”, vai ao ar no domingo, às 12h. Segundo ele, está havendo “uma descentralização dos núcleos de produção de filmes. Há uma grande movimentação em Pernambuco, em Cataguases (Zona da Mata – MG); Belo Horizonte (capital mineira); Ceará e vários outros estados. Não é mais só Rio e São Paulo. E a tendência é que outros estados venham. Está tendo uma grande movimentação nesse sentido”, disse.

    Além de considerar que o cinema nacional, ao lado da música, é o que nos identifica mundialmente, o ex-ministro vê na indústria cinematográfica, a área da cultura que pode se consolidar como indústria de sucesso, na Economia Criativa, conceito que traz a atividade para um campo de geração de lucros. “O Brasil pode tornar o cinema uma indústria sustentável, desde que organize a formação de mão-de-obra. Temos que formar técnicos, roteiristas, profissionais que possam atuar sistematicamente nas produções. Em escala industrial”, estima.

    Juca lembrou que os filmes nacionais têm tido grande aceitação lá fora, como Bacurau, de Kleber Mendonça e outros sucessos. Quanto aos gêneros que podem emplacar, diz que cada praça tem uma especificidade de público. “O público define o estilo de cinema que quer ver. Basta estarmos atentos que as produções podem atender a cada um desses gostos do público”, define. Assista:

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