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    Lula: "sem cultura, o povo não é povo, é massa de manobra"

    O presidente também defendeu a continuidade dos investimentos no setor cultural e destacou a importância da parceria com a ministra Margareth Menezes

    Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante ato em homenagem ao Dia do Cinema Brasileiro e de Anúncios para o Setor Audiovisual, nos Estúdios Rio, no Rio de Janeiro - RJ. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

    247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta quarta-feira (19) mais investimentos na produção cultural voltada para linguagens audiovisuais. "Um país que não tem cultura não se transforma, o povo não é povo, é massa de manobra", disse o chefe de Estado, que também procurou tranquilizar a plateia sobre o crescimento econômico. 

    "Você não colhe jabuticaba no dia em que você planta. Você aduba, joga água, espera e vai colher. Este é o ano da colheita das políticas que nós queremos construir", afirmou Lula durante evento na Barra da Tijuca, Zona Oeste do município do Rio, em comemoração ao Dia do Cinema Brasileiro. Há 126 anos, em 19 de junho de 1898, Afonso Segreto, um italiano radicado no Brasil, registrou as primeiras imagens do país, estabelecendo 19 de junho como o Dia do Cinema Brasileiro.

    O setor cultural do país vai contar com um orçamento de mais de R$ 1,3 bilhão do Novo Plano de Aceleração do Crescimento, lançado em agosto do ano passado, com previsão de R$ 1,7 trilhão de investimento em todos os estados do Brasil. Os investimentos previstos no Novo PAC com recursos do Orçamento Geral da União (OGU) somam R$ 371 bilhões; o das empresas estatais, R$ 343 bilhões; financiamentos, R$ 362 bilhões; e setor privado, R$ 612 bilhões. O valor acima de R$ 1 bilhão foi destacado pela ministra da Cultura, Margareth Menezes, no ano passado.

    Em 2023, 161 longas-metragens nacionais e 254 estrangeiros estrearam nos cinemas brasileiros, um total de 415 estreias, o que representou 8% em comparação com o ano anterior. A participação de mercado do filme nacional foi de 3,2% do público (3,6 milhões de espectadores), de acordo com o informe 2023 do mercado cinematográfico da Agência Nacional de Cinema (Ancine).

    Em seu discurso, Lula mencionou a parceria dele com a ministra da Cultura, Margareth Menezes. "Margareth sabe: não faltará disposição para que a cultura se transforme numa indústria não apenas de cultura, mas para gerar oportunidade para milhões de pessoas, que poderão alcançar o que talvez não alcançaria em outra atividade. A cultura exige inteligência, criatividade, perspicácia e competência".

    Segundo a pasta da Cultura, desde 2023, a Secretaria do Audiovisual (SAV) promoveu várias chamadas públicas: três para produção de curtas-metragens, Duas de intercâmbio para formação e circulação no exterior e Uma para curtas-metragens resultantes de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs).

    No total, foram aprovados 100 projetos com um investimento de R$ 6,1 milhões. Em parceria com a Ancine, a SAV lançou o Edital Ruth de Souza, com R$ 36 milhões destinados à produção de longas-metragens de ficção dirigidos por mulheres cis ou transgênero estreantes, selecionando 18 projetos.

    De acordo com a Agência Nacional do Cinema (Ancine), o ano de 2023 registrou investimento de R$ 1,3 bilhão para a produção de conteúdo nacional, por meio do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). Para 2024 estão previstos novos investimentos, no valor de R$ 1,6 bilhão, para a produção de filmes e séries brasileiras, o maior da série histórica.

    Entre as ações em andamento, destaca-se o investimento em coproduções internacionais, no valor de R$ 200 milhões, o maior já disponibilizado para a ação, e que recebeu 476 projetos, de 47 países.

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