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    "O Brasil voltou lindamente em Cannes", diz a cineasta Tata Amaral

    Diretora celebra o retorno do audiovisual brasileiro ao cenário internacional e destaca a importância do apoio do governo e da Apex

    (Foto: Brasil247 | ABR)

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    247 – Durante um evento que reuniu importantes nomes do audiovisual e da política brasileira, a cineasta Tata Amaral celebrou a volta do Brasil ao Festival de Cannes, destacando o papel fundamental da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) no fortalecimento das produções nacionais no mercado internacional. A fala de Tata Amaral aconteceu durante uma cerimônia que também contou com a participação do presidente Lula, cujo discurso trouxe uma profunda reflexão sobre as transformações econômicas e sociais do país.

    "Em maio do ano passado, nós procuramos o presidente Jorge Viana para falar dos nossos programas de exportação, que tinham sido interrompidos. E quero dizer que a gente voltou de uma maneira linda no Festival de Cannes", afirmou Amaral, emocionada. A diretora enfatizou que a Apex permite ao Brasil estar presente nos principais mercados mundiais, não apenas com o licenciamento de suas obras, mas também por meio de coproduções que trazem parcerias e investimentos, gerando empregos e riqueza no país.

    Amaral ainda destacou que o audiovisual é uma indústria de extrema importância para as maiores economias do mundo, citando os Estados Unidos como um exemplo de país que protege e promove seu setor cultural. "A arte, especialmente o audiovisual, não exporta somente conteúdo, mas também ideias", pontuou a diretora, ressaltando o papel do Brasil em difundir sua cultura globalmente.

    Em seguida, o presidente Lula assumiu a palavra, trazendo uma reflexão sobre as recentes mudanças no Brasil, mesmo em um cenário em que muitos dos agentes políticos e econômicos permanecem os mesmos. "O país é o mesmo, a classe política é quase a mesma, a imprensa é a mesma, os bancos são os mesmos, os países que compram da gente são os mesmos. Por que mudaram as coisas?", questionou, provocando uma reflexão sobre os fatores que estão impulsionando o desenvolvimento nacional.

    Lula destacou a importância de políticas públicas visionárias, como a criação da Embrapa, que transformou áreas antes consideradas improdutivas, como o cerrado brasileiro, em regiões altamente produtivas. "A tecnologia provou ao contrário", afirmou, usando o exemplo da agricultura no cerrado como uma metáfora para as possibilidades de inovação e progresso em outras áreas.

    O presidente também criticou a concentração de recursos nas mãos de poucos e defendeu a importância da circulação de dinheiro entre pequenos e médios empresários, como forma de estimular a economia e gerar inclusão social. "O dinheiro não pode ficar parado na mão de pouca gente", destacou Lula, enfatizando que a mudança real acontece quando as pequenas empresas, muitas vezes invisíveis, começam a ser vistas e a participar ativamente da economia.

    Lula também abordou a questão histórica da seca no Nordeste, apontando que a fome não é resultado da falta de água, mas sim de uma política mal gerida que, por décadas, impediu a execução de projetos como a transposição do Rio São Francisco. "A seca não é responsável pela fome, ela é o fenômeno da natureza; a fome é falta de visão política", afirmou, reiterando a necessidade de ações políticas que enfrentem os desafios da seca de maneira eficiente.

    O evento, que contou com a presença de ministros como Fernando Haddad e Geraldo Alckmin, foi uma oportunidade de discutir o papel da cultura e do audiovisual no desenvolvimento do Brasil. Tata Amaral, com entusiasmo e orgulho, concluiu destacando o apoio que o governo tem dado ao setor, e a importância de continuar fortalecendo essa indústria, que, além de gerar empregos e renda, projeta a cultura brasileira no exterior.

    "A gente voltou lindamente", afirmou a cineasta, simbolizando o retorno do Brasil ao cenário cultural global com vigor renovado. A fala de Tata Amaral e do presidente Lula reforça a importância do audiovisual e da cultura como motores de transformação social e econômica, destacando o papel das políticas públicas na promoção de um Brasil mais inclusivo e com maior presença internacional. Assista:

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