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    Vídeo: Alysson Mascaro denuncia rede de perfis falsos usados em campanha de difamação do site The Intercept

    Professor da USP expõe estratégia coordenada de ataques virtuais que buscam cancelá-lo no ambiente universitário e no debate público

    (Foto: Bruno Cruz / Agência Pará)

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    247 – O jurista e professor da USP, Alysson Mascaro, um dos maiores intelectuais marxistas do País, veio a público denunciar uma campanha de difamação direcionada contra ele, conduzida por uma rede coordenada de perfis falsos nas redes sociais. Em vídeo publicado no YouTube, Mascaro detalhou como essas ações começaram em agosto de 2023 e se intensificaram ao longo dos meses, com o objetivo de manchar sua reputação e comprometer sua atuação acadêmica, culminando com a denúncia do site The Intercept a partir de fontes anônimas sobre sua conduta sexual com o objetivo de promover seu cancelamento no ambiente universitário e no debate público.

    "Hoje, a verdade sobre essa rede começa a emergir. Quem está organizando uma campanha tão virulenta contra um professor que sempre pautou sua carreira pela ética e pelo debate de ideias?", questionou o locutor do vídeo.

    Segundo a defesa de Mascaro, os ataques iniciaram com comentários anônimos em entrevistas no YouTube, contendo insinuações pessoais infundadas. Em janeiro deste ano, o perfil falso identificado como "@LevanteUSP" passou a enviar mensagens a uma aluna do professor, tentando retratá-lo como machista. Essas alegações, entretanto, foram prontamente desmentidas. O padrão das mensagens desse perfil reapareceu em outros perfis falsos, sugerindo uma coordenação intencional.

    Uma rede de perfis falsos e inteligência artificial

    A escalada da campanha de difamação atingiu novos patamares em julho, com o surgimento de perfis como "@BolcheviqueUSP" e "@Pretashakazulu", que atacaram figuras públicas associadas ao professor utilizando insinuações homofóbicas. De forma orquestrada, esses perfis desapareciam logo após suas ações, reaparecendo sob novos nomes e com o mesmo tom de ataque. "Por que esses perfis surgem e desaparecem em momentos críticos, sempre reforçando acusações falsas?", indagou o vídeo de Mascaro.

    Em outubro, perfis como "@NatanMadereto" começaram a adotar táticas ainda mais agressivas. Usando fotos geradas por inteligência artificial, alegavam ser pesquisadores acadêmicos, mas suas identidades não eram encontradas em nenhuma base de dados acadêmica. Esses perfis abordaram alunos e colegas do professor com insinuações de assédio sexual que, segundo Mascaro, jamais existiram.

    "Essas ações não são isoladas. Formam uma teia de mentiras e ódio que visa me cancelar publicamente e destruir minha imagem como professor", denunciou Mascaro.

    Ataques coordenados e e-mails anônimos

    A ofensiva se intensificou em novembro, quando e-mails anônimos contendo mensagens caluniosas foram enviados a instituições e contatos do professor, buscando isolá-lo no meio acadêmico. A análise de Mascaro aponta que tais perfis orbitam em torno de "@NatanMadereto", que atua como o principal articulador da campanha.

    "Essa rede de perfis falsos cria uma impressão de múltiplas vozes, mas tudo aponta para uma mesma origem, que permanece na sombra. Quem está por trás disso?", questiona o professor.

    Tudo isso aponta para uma indústria do cancelamento, que visa atingir figuras públicas, em especial ligadas à esquerda, como já ocorreu com o professor Boaventura Sousa Santos e o ex-ministro Silvio Almeida. Na campanha difamatória contra Mascaro, até mesmo a redação do Brasil 247 foi procurada por uma conta fake, já usada em outros processos de cancelamento, para endossar supostas acusações sobre Mascaro. O caso já está sob investigação policial para que as contas que foram usadas na preparação da denúncia anônima do Intercept sejam reveladas. Confira o vídeo de Alysson Mascaro:

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