André Esteves, do BTG, vê arcabouço fiscal sendo cumprido em 2025 e minimiza preocupações fiscais
Banqueiro avalia que o arcabouço fiscal será cumprido este ano e minimiza preocupações sobre medidas parafiscais
247 – O presidente do conselho e sócio sênior do BTG Pactual, André Esteves, afirmou durante a CEO Conference, evento promovido pelo próprio banco, que acredita no cumprimento do arcabouço fiscal em 2025 e minimizou preocupações relacionadas a gastos fora do Orçamento, conhecidos como medidas parafiscais. "O parafiscal não me preocupa, é muito pequeno. No passado, já tivemos R$ 600 bilhões de dívida subordinada do Tesouro nos bancos públicos, o BNDES emprestando mais que o Banco Mundial e tarifas congeladas prejudicando as maiores estatais. Agora não estamos nem perto disso. Não vejo nada concreto do ponto de vista parafiscal que me preocupe", declarou, segundo aponta reportagem do Valor.
O banqueiro pontuou que a atual combinação de políticas econômicas no Brasil não é a mais equilibrada, com a política fiscal considerada frouxa e a monetária mais restritiva do que o necessário. Ainda assim, destacou que programas como o "Pé-de-Meia" e a liberação do saque-recisão do FGTS para quem optou pelo saque-aniversário não representam grandes riscos, desde que realizados dentro dos limites orçamentários. "A questão é: pode bater uma ansiedade [no governo] ao ver a economia desaquecendo e começar a descumprir o arcabouço fiscal? Seria um erro, mas não está na mesa por enquanto... pode ser que em algum momento esteja", ponderou.
Cenário internacional e relação com os EUA
Durante sua participação no evento, Esteves também comentou sobre o panorama internacional, mencionando que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é um homem de negócios e não tem inclinação para conflitos militares. Questionado sobre possíveis impactos para o Brasil, considerando a relação próxima entre Trump e o ex-presidente Jair Bolsonaro, bem como a posição de Elon Musk, cuja empresa tem uma disputa judicial com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Esteves minimizou os riscos. "Não acho que o Brasil seja prioridade para o Musk. Esses fatores podem ser um sinal amarelo, mas é amarelo claro. É mais ruído do que fato", avaliou.
A fala de Esteves reflete a visão de parte do setor financeiro, que observa o desempenho da economia brasileira sob a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com certa cautela, mas sem indícios imediatos de deterioração fiscal.
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