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"BC está usando a política monetária para pressionar por corte de gastos", denuncia Lindbergh

"Equilíbrio fiscal só chegará impondo-se um austericídio ao país, como acontece agora na Argentina. Não foi para isso que o Brasil elegeu Lula", apontou o deputado

Lindbergh Farias e Roberto Campos Neto (Foto: ABR)

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Por Lindbergh Farias, no X - A grande novidade do comunicado de hoje do Copom é à alusão à política fiscal, que antes não havia.

Assim, o comunicado diz que:

O Comitê monitora com atenção como os desenvolvimentos recentes da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros. O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária.

Ora, não é função do BC cuidar da política fiscal.

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O que está acontecendo?

Simples. Estão usando a política monetária para pressionar por corte de gastos.

O "mercado", ao mesmo tempo que pressiona por “equilíbrio fiscal”, não quer impostos. Não quer que ajustes sejam feitos com maior peso pelos ricos, como deve ser.

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Então, pressiona por austeridade, corte de gastos, usando a "expectativa" de inflação como justificativa "técnica". Ora essa expectativa é imposta por esse "mercado", em conluio com um BC sequestrado pelo sistema financeiro.

O Boletim Focus, redigido basicamente pelos bancos, “alerta” que a inflação pode aumentar, que as “expectativas de inflação não estão ancoradas”, que a política fiscal está frágil, que o déficit zero não será alcançado etc. Campos Neto, por seu lado, faz coro com o “mercado”.

Ai vem a reunião do Copom, que transforma as “expectativas” politicamente motivadas em realidade “técnica”.

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Com a segunda maior taxa de juros real do mundo, dificilmente chegaremos ao equilíbrio fiscal. Em 2023, as despesas com juros no Orçamento superaram Saúde, Educação e Assistência Social, somadas. O pior é que um gasto inútil, que não movimenta a economia real e que não gera empregos. Apenas enriquece ricos.

Nessas circunstâncias, o equilíbrio fiscal só chegará impondo-se um austericídio ao país, como aconteceu em países como Grécia. Ou como acontece agora na Argentina.

Não foi para isso que o Brasil elegeu Lula.

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