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"Bolsa-Rentismo": economista critica efeito da alta dos juros no mercado

Segundo Bruno Mäder Lins, 'o Brasil é um dos únicos países em que títulos do Estado são quase sempre indexados'. Copom anuncia nova Selic nesta quarta (6)

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (Foto: ABr)

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247 - Mestre em Política Econômica pela Universidade de Genebra, na Suíça, e pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) atualmente, Bruno Mäder Lins afirmou que está no setor financeiro a justificativa para uma taxa de juros alta (10,75%) e com possibilidades de subir 0,5 ponto percentual nesta quarta-feira (6). De acordo com o estudioso, "o Brasil é um dos únicos países do mundo em que títulos emitidos pelo Estado são quase sempre indexados". "Se os juros sobem, basta ter na mão um papel da dívida pública indexado para ganhar dinheiro com ele", afirma.

Questionado sobre por que o Brasil está na lista dos países com os maiores juros do mundo, o estudioso disse que "uma hegemonia financeira se estruturou no país criando condições para expropriar renda do Estado, no mercado de títulos da dívida pública, e de outros setores da economia". "Nossa particularidade é o formato do nosso sistema financeiro. A elite brasileira nasceu já como mercado e como Estado", afirmou, acrescentando que a elite "age em ambos os terrenos, não domina um ou outro, como costuma acontecer em outros lugares".

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