Congressistas dos EUA pedem a Biden que apoie proposta de Lula para taxar super-ricos
Taxação dos super-ricos afetaria apenas 3 mil indivíduos em todo o planeta
247 - O senador dos Estados Unidos Bernie Sanders e mais 17 parlamentares daquele país instaram o presidente dos EUA, Joe Biden, e a secretária do Tesouro, Janet Yellen, a apoiarem ativamente a iniciativa brasileira na presidência do G20 de taxar os super-ricos a nível global.
“Escrevemos para instar a sua administração a apoiar uma iniciativa importante no G20 para promover a cooperação internacional em matéria de tributação de indivíduos ultra-ricos”, escreveram.
"Esta é uma oportunidade histórica para os Estados Unidos proporcionarem liderança global em matéria de justiça fiscal e também fortalecerem os esforços internos vitais da administração para alcançar um sistema fiscal mais justo… Encorajamos a sua administração a juntar-se a outros no compromisso de apoio a este esforço, e a ajudar a liderar do G20 para um acordo histórico que garantirá uma economia global e mais equitativa nos EUA", diz a carta divulgada nesta terça-feira (11).
A proposta de tributação global dos super-ricos foi apresentada pela primeira vez em fevereiro, na reunião dos ministros de Finanças e presidentes do Bancos Centrais do G20, em São Paulo. Em abril, em nova reunião do G20 nos Estados Unidos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse esperar chegar a um acordo até novembro.
Até agora, EUA, França, Espanha, Colômbia, União Africana e Bélgica manifestaram apoio direto à proposta brasileira. País que assumirá a presidência rotativa do G20 no próximo ano, a África do Sul também apoia a taxação de super-ricos. No último sábado (8), Joe Biden e o presidente francês, Emmanuel Macron, se encontraram em Paris para celebração do 80º aniversário do Dia D, e emitiram um comunicado citando vários assuntos e defendendo a proposta brasileira apresentada no âmbito do G20.
Um dos autores da ideia, o economista francês Gabriel Zucman informou recentemente que a taxação dos super-ricos afetaria apenas 3 mil indivíduos em todo o planeta, dos quais cerca de 100 na América Latina. Em contrapartida, teria potencial de arrecadar cerca de US$ 250 bilhões por ano. (Com informações da Agência Brasil).
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