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Criticada por falar em desvincular benefícios sociais do salário mínimo, Tebet propõe mudança na previdência dos militares

"Vamos mostrar que é possível cortar gastos com privilégios", diz a ministra

Simone Tebet (Foto: Washington Costa/MPO)

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247 - Em meio a uma semana marcada pela crescente pressão do mercado por corte de gastos e pela resistência do Congresso ao aumento de receitas, a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), anunciou em entrevista ao jornal O Globo que está preparando um conjunto de medidas para apresentar ao presidente Lula (PT). Entre as propostas, está a revisão da previdência dos militares, um tema sensível e de grande impacto nas finanças públicas.

Após uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), Tebet revelou que a equipe econômica do governo está intensificando suas reuniões para apresentar a Lula "um cardápio de possibilidades até o final de junho". "Tudo está na mesa, exceto a valorização do salário mínimo e a desvinculação da aposentadoria do salário mínimo", explicou.

A proposta de desvincular certos benefícios sociais do aumento do salário mínimo gerou controvérsia. A lei atual vincula o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o abono salarial, o seguro-desemprego e o auxílio-doença ao salário mínimo. Tebet foi alvo de críticas por sugerir mudanças nessas regras. "Quando falamos de desvinculação, não estamos nos referindo às aposentadorias, mas aos outros benefícios temporários", esclareceu.

A ministra defendeu a necessidade de proteger os mais pobres, alinhando-se ao discurso de Lula, mas apontou para a necessidade de cortar gastos com privilégios. "O presidente sempre diz: protejam os pobres. Ele é corajoso o suficiente para enfrentar o poderio econômico, isso ninguém discute. Vamos mostrar que é possível cortar gastos com privilégios. Não estou dizendo que vamos conseguir avançar com os supersalários, mas isso precisa estar na mesa. Precisamos discutir uma legislação previdenciária que, ainda que de forma gradual, abranja os militares", destacou.

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