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    Eleição de Trump nos EUA e especulação do mercado influenciaram alta do dólar, diz Lindbergh

    "É uma preferência política. Eu não vi o mercado agitado desse jeito e apostando contra o governo [na gestão de Bolsonaro]", disse o parlamentar

    Lindbergh Farias (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
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    247 - O deputado federal Lindbergh Farias, futuro líder do PT na Câmara dos Deputados, atribuiu a alta histórica  do dólar a fatores externos, como a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos e especulações do mercado financeiro. 

    “Acho que o mercado erra. Nos quatro anos do governo Bolsonaro [Jair Bolsonaro (PL)] houve um rombo de R$ 790 bilhões acima das regras fiscais. Não é nem um erro do mercado. É uma preferência política. Eu não vi o mercado agitado desse jeito e apostando contra o governo [na gestão de Bolsonaro]. Agora, tudo que a gente faz nessa parte de responsabilidade fiscal é uma chiadeira”, disse Lindbergh à coluna do jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles.

    Ainda segundo o parlamentar, “uma parte da alta do dólar foi por causa da eleição de Donald Trump, no mundo inteiro. Pois Trump fala de medidas protecionistas. Outra é que estão acontecendo fatos atípicos, com muitos dólares indo para fora, pois as filiais brasileiras transferem remessas a título de dividendos para o exterior no fim de ano. A terceira é uma especulação do mercado, que tem má vontade com o governo Lula”.

    Questionado sobre a inflação dos alimentos, Lindbergh Farias afirmou que o problema se iniciou nos últimos quatro meses e é tratado como prioridade pelo Planalto: “O dólar subiu. O setor agro é um setor exportador. Quando sobe o setor internacional, sobe aqui também. Nós tivemos uma seca severa. O presidente Lula está criando estoques reguladores que existiam no passado. A Conab cria estoques de arroz, feijão, e na hora que o preço sobe, joga no mercado”, destacou. 

    “Lula tem um compromisso gigantesco com esse povo mais pobre. Lula só vai dormir tranquilo quando colocar essa inflação de alimentos e carne no devido lugar”, prosseguiu Lindbergh, que assumirá o comando do partido na Câmara em 2025.

     “O problema dessa inflação não se resolve com aumento de juros, porque ela aconteceu muito em cima de alimentos, de carne. Por duas causas: câmbio de dólar, como nós exportamos muito, quando o preço internacional sobe, reflete aqui; e também seca, um problema concreto. Ou seja, não é aumentando os juros que a gente resolve o problema da seca. Eu tenho muita esperança no Galípolo”, completou.

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