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    Executivo da Azul defende fusão com Gol para reduzir custos, além de expandir rotas e hubs

    John Rodgerson, diretor-executivo da Azul, defende que uma empresa maior trará mais competitividade e crescimento para o setor

    Avião da Azul Linhas Aéreas (Foto: Divulgação)
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    247 - A fusão entre a Azul e a Gol, anunciada em 15 de janeiro de 2025, está tomando forma com base em um Memorando de Entendimento (MoU) não vinculante, revelando uma tentativa de unir forças no mercado aéreo nacional a. Ambas as empresas enfrentam desafios financeiros: a Azul com seu elevado endividamento e a Gol em processo de recuperação judicial. Contudo, as conversas entre elas já vinham acontecendo há quase um ano, especialmente após a Gol anunciar sua saída da recuperação judicial dentro de quatro meses, uma janela que impulsionou o apelo para acelerar as tratativas.

    A alta do câmbio também contribuiu para a urgência nas negociações. “Trabalhamos com produto importado e esse câmbio a mais de R$ 6,00 dificulta a situação das empresas”, disse o CEO da Azul, John Rodgerson, em entrevista ao site NeoFeed. A fusão, caso aprovada pelos órgãos reguladores, resultaria em uma gigante com 300 aeronaves e 60,3% do mercado nacional de aviação, deixando a Latam para trás, que atualmente detém 39,4%. 

    Rodgerson defende que essa maior concentração de mercado será benéfica, argumentando que empresas grandes conseguem adquirir aeronaves e insumos com custos mais baixos, além de reduzir o capital necessário.

    Ainda de acordo com a reportagem, o executivo também projeta expansão de rotas e hubs, especialmente no Norte e Nordeste, o que é uma boa notícia para o governo federal, que está interessado em mais conectividade aérea no Brasil. As duas empresas manteriam suas marcas separadas, com um modelo de gestão compartilhado entre a Azul e a Abra, controladora da Gol, por meio de um CEO e um chairman.

    Porém, o caminho para concretização da fusão depende da aprovação de órgãos reguladores como o Cade e a Anac, além da reestruturação financeira, com a Azul convertendo dívidas em ações e levantando novos recursos.

    No aspecto financeiro, a Azul, com um valor de mercado de R$ 1,48 bilhão e a Gol com R$ 685 milhões, enfrentam desafios no mercado de ações, com quedas expressivas nos valores. A fusão, caso ocorra, também traz uma "poison pill", uma cláusula que dificulta a aquisição pela concorrência, exigindo uma oferta pública caso terceiros adquiram mais de 15% das ações da nova empresa.

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