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      Fusão entre Azul e Gol vai criar duopólio e reduzir a concorrência no setor aéreo

      Azul e Gol avançam em direção a possível fusão

      Avião da Gol no aeroporto de Brasília - 27/05/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
      Leonardo Sobreira avatar
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      247 - A fusão das companhias aéreas Azul e Gol vai reduzir a concorrência e criar um duopólio, segundo o jornalista Leonardo Cassol, do site Melhores Destinos

      Nesta quarta-feira (15), Azul e a Abra Group, controladora da rival Gol, assinaram um memorando de entendimentos não vinculante para potencial união dos negócios. A união das duas empresas, que buscam fortalecer suas operações frente a um cenário desafiador para companhias aéreas na região, deteria cerca de 60% do mercado doméstico, superando os 40% da concorrente Latam, segundo dados da Anac.

      A principal consequência para os viajantes é uma redução da concorrência, com a criação efetiva de um duopólio na aviação nacional, segundo a publicação.

      Um possível acordo, segundo o jornalista, resultaria na eliminação de parte das rotas e bases redundantes, visando a redução de custos e o cumprimento das prováveis exigências regulatórias necessárias para a aprovação do negócio.

      A não competição vai influenciar nos preços cobrados dos passageiros, afirma o jornalista.

      Ele pondera: "Se uma das empresas quebrar, ou tiver que reduzir drasticamente as suas operações para sobreviver, o impacto para os consumidores também seria terrível. Provavelmente, pior que o da fusão". 

      Também afirma que a negociação pode ser inviabilizada com a recuperação judicial da Gol. Na sequência, as aprovações governamentais e regulatórias também podem inviabilizar o negócio.

      A gravidade do problema é ainda maior: "Por muito tempo se acreditou que apenas a desregulamentação do setor aéreo no Brasil seria suficiente para atrair novas empresas e aumentar a concorrência no setor. Mas o fim do controle tarifário, a liberação da cobrança de bagagens e de capital estrangeiro nas empresas aéreas, por exemplo, não atingiram esse objetivo".

      As companhias aéreas têm enfrentado dificuldades financeiras nos últimos anos, especialmente depois da pandemia de Covid-19. A maioria foi forçada a reestruturar dívidas e várias entraram em recuperação judicial. 

      A Azul teve de fechar acordos com arrendadores para repactuação de suas dívidas no ano passado, enquanto a Gol está em processo de reorganização nos Estados Unidos desde o início de 2024. Uma combinação de negócios entre as empresas ocorreria após a saída da Gol do processo de recuperação judicial nos EUA.

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