Ministro compara fusão entre Gol e Azul a "federação partidária" e diz que não permitirá aumentos de preços
"Todo nosso conjunto vai estar vigilante em relação ao preço da passagem aérea, para que isso não aconteça", disse Sílvio Costa Filho
247 - O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que vê a possível fusão das companhias aéreas Gol e Azul como uma "federação partidária", mantendo autonomia financeira e governança. A declaração foi feita durante uma conversa com jornalistas nesta quinta-feira (16), de acordo com o g1.
Na quarta-feira (15), Gol e Azul anunciaram um memorando de intenção para realizar a fusão. O negócio, no entanto, ainda depende do aval da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Com a fusão, as empresas controlariam 60% do mercado de aviação civil nacional.
Costa Filho destacou que o valor médio das passagens aéreas caiu 5% em 2024 e garantiu que a pasta não permitirá um incremento nos preços. "Tanto Anac quanto o ministério, todo nosso conjunto vai estar vigilante em relação ao preço da passagem aérea, para que isso não aconteça [o aumento]", assegurou.
O ministro enfatizou que o governo não aceitará aumentos abusivos, embora não possa intervir diretamente nos preços das passagens. "A gente espera que possa haver solidariedade das companhias em relação aos preços, que é o que tem acontecido", pontuou.
Além disso, Costa Filho mencionou que a fusão pode resultar em um aumento no número de destinos atendidos, transferindo aviões que se sobreponham em algumas rotas. Essa expansão seria particularmente benéfica para o aumento da conectividade aérea no Brasil.
A fusão também poderia trazer um maior poder de negociação para as companhias ao adquirirem aeronaves e insumos, reduzindo os custos e o capital necessário. A operação, que conta com a perspectiva de manter as marcas separadas, teria uma gestão compartilhada entre a Azul e a Abra, controladora da Gol, por meio de um CEO e um chairman.
O caminho para a concretização da fusão, no entanto, é complexo e depende da aprovação dos órgãos reguladores, além da reestruturação financeira. A Azul, que enfrenta um elevado endividamento, e a Gol, em processo de recuperação judicial, planejam converter dívidas em ações e levantar novos recursos para viabilizar a união.
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