TV 247 logo
    HOME > Economia

    Ministro compara fusão entre Gol e Azul a "federação partidária" e diz que não permitirá aumentos de preços

    "Todo nosso conjunto vai estar vigilante em relação ao preço da passagem aérea, para que isso não aconteça", disse Sílvio Costa Filho

    Ministro Silvio Costa Filho (Foto: Jose Cruz/Agência Brasil)
    Paulo Emilio avatar
    Conteúdo postado por:

    247 - O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que vê a possível fusão das companhias aéreas Gol e Azul como uma "federação partidária", mantendo autonomia financeira e governança. A declaração foi feita durante uma conversa com jornalistas nesta quinta-feira (16), de acordo com o g1.

    Na quarta-feira (15), Gol e Azul anunciaram um memorando de intenção para realizar a fusão. O negócio, no entanto, ainda depende do aval da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Com a fusão, as empresas controlariam 60% do mercado de aviação civil nacional.

    Costa Filho destacou que o valor médio das passagens aéreas caiu 5% em 2024 e garantiu que a pasta não permitirá um incremento nos preços. "Tanto Anac quanto o ministério, todo nosso conjunto vai estar vigilante em relação ao preço da passagem aérea, para que isso não aconteça [o aumento]", assegurou.

    O ministro enfatizou que o governo não aceitará aumentos abusivos, embora não possa intervir diretamente nos preços das passagens. "A gente espera que possa haver solidariedade das companhias em relação aos preços, que é o que tem acontecido", pontuou.

    Além disso, Costa Filho mencionou que a fusão pode resultar em um aumento no número de destinos atendidos, transferindo aviões que se sobreponham em algumas rotas. Essa expansão seria particularmente benéfica para o aumento da conectividade aérea no Brasil.

    A fusão também poderia trazer um maior poder de negociação para as companhias ao adquirirem aeronaves e insumos, reduzindo os custos e o capital necessário. A operação, que conta com a perspectiva de manter as marcas separadas, teria uma gestão compartilhada entre a Azul e a Abra, controladora da Gol, por meio de um CEO e um chairman.

    O caminho para a concretização da fusão, no entanto, é complexo e depende da aprovação dos órgãos reguladores, além da reestruturação financeira. A Azul, que enfrenta um elevado endividamento, e a Gol, em processo de recuperação judicial, planejam converter dívidas em ações e levantar novos recursos para viabilizar a união.

    ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.

    ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

    iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

    Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

    Relacionados