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    Haddad cita "projetos estratégicos" para a economia no Congresso e Hugo Motta promete "postura colaborativa"

    Ministro da Fazenda entregou ao presidente da Câmara uma lista de prioridades da Fazenda e disse que não há “bala de prata”: "é tijolinho por tijolinho"

    José Guimarães, Fernando Haddad, Hugo Motta e Alexandre Padilha (Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados)
    Guilherme Levorato avatar
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    247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), apresentou nesta quarta-feira (5) ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), um balanço das ações econômicas do governo e uma lista de 25 prioridades para 2025 e 2026. O encontro foi marcado pelo compromisso de cooperação entre o Executivo e o Legislativo na tramitação de medidas que impactam diretamente a economia do país.

    Haddad destacou que já foram aprovados 32 projetos considerados estratégicos para o setor econômico e que agora busca avançar em mais 15 iniciativas que dependem do Congresso. “Estamos falando em projetos que vão ter impacto em algum mercado, em algum setor da economia importante”, afirmou o ministro. Ele ressaltou ainda a necessidade de mobilização de toda a equipe da Fazenda, do Planejamento, da Casa Civil e da Secretaria de Relações Institucionais para garantir um debate transparente e eficiente sobre as propostas.

    Entre os projetos destacados estão a limitação de supersalários no serviço público, a reforma da previdência dos militares, a regulamentação do devedor contumaz e a reforma do Imposto de Renda, que inclui a isenção para quem ganha até R$ 5 mil e a criação de um imposto mínimo para altas rendas. Haddad enfatizou que nenhuma renúncia fiscal será feita sem compensação. “Terminamos o desenho [da compensação da isenção do IR]. Só não vou adiantar porque não tenho autorização do Planalto ainda para isso”, disse.

    Hugo Motta, que recentemente assumiu a presidência da Câmara, garantiu que manterá uma postura colaborativa. “Ouviremos sempre nosso colégio de líderes, dividiremos sempre essas responsabilidades e também não serei nunca um presidente que estará criando algum fantasma ou obstáculo sem que ele verdadeiramente exista”, afirmou. Motta também reforçou que a Câmara atuará com lealdade, "não à agenda do governo, mas ao país".

    Haddad enfatizou que não existe uma “bala de prata” para resolver os desafios econômicos do Brasil e que avanços virão com medidas estruturais. “Mesmo a reforma tributária, com toda sua grandeza, teve repercussão no PIB, mas diluída ao longo do tempo. Então, é tijolinho por tijolinho que vamos construir uma economia mais robusta”, disse. O ministro também destacou que a reforma do Imposto de Renda, apesar de mais simples do ponto de vista legislativo, exige um debate amplo, pois seu impacto será significativo para o país.

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