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    Haddad rebate críticas ao ajuste fiscal e diz ser preciso 'colocar em xeque profecias não realizadas' do mercado

    "O mercado tem que fazer releitura do que o governo está fazendo. Tanto no crescimento quanto no déficit, o mercado errou", disse o ministro da Fazenda

    Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante reunião no Palácio do Planalto, em Brasília 17/09/2024 REUTERS/Ueslei Marcelino (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

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    247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (28) que não acredita em "bala de prata” e criticou as projeções pessimistas do mercado financeiro. Durante entrevista coletiva para apresentar o pacote fiscal, Haddad afirmou que é necessário questionar as "profecias não realizadas" do mercado financeiro, referindo-se às previsões econômicas que apontavam para um crescimento baixo e um déficit fiscal mais elevado do que o esperado.

    "É preciso colocar em xeque as profecias não realizadas. Crescimento de 1,5% vai ser de crescimento de 3,5%. O mercado tem que fazer releitura do que o governo está fazendo. Tanto no crescimento quanto no déficit, o mercado errou", afirmou o ministro, destacando que o trabalho de ajuste fiscal não se encerra com o pacote anunciado recentemente, de acordo com o jornal O Globo.

    Apesar da repercussão negativa, que levou o dólar a atingir R$ 5,99, Haddad reafirmou que as reformas fiscais são necessárias para equilibrar as contas do país, mas não acontecerão de forma instantânea. "Não acredito em bala de prata. Não vamos resolver dez anos de déficit primário de um ano para o outro. Estou satisfeito com o resultado deste ano", completou.

    O pacote de medidas fiscais anunciado pelo governo tem gerado discussões intensas, especialmente com relação à aprovação no Congresso Nacional. Haddad lembrou que o governo teve que avaliar os ganhos de médio prazo e os riscos envolvidos, incluindo ajustes no orçamento da saúde e educação.

    "Às vezes, uma medida como colocar o Pé de Meia dentro do orçamento de educação ou uma mudança até 2028 e 2029 no indexador da vinculação é necessária. Todo mundo cedeu às evidências", disse Haddad, acrescentando que a aprovação das medidas garantirá o cumprimento do arcabouço fiscal.

    Rui Costa, ministro da Casa Civil, também defendeu a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil, destacando que essa foi uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    "Foi feito na campanha o anúncio de que até 2026, está sendo cumprido o que foi dito na campanha eleitoral, na posse, não teve nenhuma surpresa, os agentes econômicos e a sociedade não estão sendo tomados de surpresa. Se alguém criou a expectativa de que o anúncio seria em janeiro e não em dezembro, não foi o presidente Lula que criou essa expectativa", disse o ministro. 

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