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    Pacote fiscal está fechado com Lula e deve ser anunciado após o G20, diz Haddad

    Ministro da Fazenda afirmou que aguarda apenas resposta do Ministério da Defesa para divulgar medidas de cortes de gastos

    Fernando Haddad e Lula (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

    247 – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou em entrevista à emissora CNBC que o pacote de cortes de gastos já está acordado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e deverá ser anunciado em breve, após o término da cúpula do G20. Segundo Haddad, o anúncio das medidas depende apenas do retorno do Ministério da Defesa. “O conjunto de medidas está fechado com o presidente. Vamos anunciar brevemente, porque está faltando a resposta de um ministério”, declarou Haddad. Ele detalhou que o ministério em questão é o da Defesa e ressaltou que já houve “boas reuniões com o ministro José Múcio e com os comandantes das Forças”, segundo reportou o jornal Estado de S. Paulo.

    O ministro destacou que Lula solicitou a inclusão de diversas medidas para corrigir distorções existentes, com o objetivo de garantir um crescimento econômico sustentável e manter a credibilidade do arcabouço fiscal. “Se você tiver distorções, o arcabouço fiscal pode perder credibilidade, e o pessoal falar: ‘Olha, o governo está saindo do acordado’”, frisou Haddad.

    O ministro da Fazenda explicou que o pacote fiscal foca na evolução controlada das despesas, assegurando que elas cresçam de maneira ordenada e dentro das regras estabelecidas. “Nossa opção é a primeira: vamos colocar [as despesas] dentro das regras para garantir a sustentabilidade do que foi pactuado com a sociedade”, declarou. Embora Haddad não tenha detalhado os valores envolvidos, especula-se que as medidas possam representar um ajuste de cerca de R$ 70 bilhões entre 2025 e 2026.

    Haddad também mencionou a “agenda de combate ao gasto tributário”, referindo-se à necessidade de corrigir falhas no sistema tributário em que pessoas de alta renda não pagam impostos adequadamente. “Herdamos dez anos de déficit público que impediu o Brasil de crescer como gostaríamos, como ele está crescendo agora. Queremos um crescimento robusto e sustentável: com baixa inflação, geração de empregos e oportunidades”, pontuou.

    Combate ao déficit e queda de juros

    O ministro reforçou a importância de controlar o ritmo de crescimento das despesas e recompor as receitas para garantir a sustentabilidade econômica. “Precisamos fazer com que a despesa cresça num ritmo moderado e a receita seja recomposta, porque se perdeu muito da receita, dando benefício para empresários”, afirmou Haddad, destacando que essas medidas são cruciais para a queda dos juros e para aproveitar a “onda de desenvolvimento” econômico.

    As palavras do ministro refletem um compromisso do governo Lula com um ajuste fiscal equilibrado, buscando fortalecer a economia e assegurar que o país continue em um caminho de crescimento sustentável.

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