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    "Tem gente especulando até do jeito que eu falo", diz Haddad sobre pressão do mercado financeiro por ajuste fiscal

    Ministro da Fazenda disse que um prazo adicional de uma semana para a apresentação das medidas de ajuste fiscal não prejudicará o andamento dos trabalhos

    Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante reunião no Palácio do Planalto, em Brasília 17/09/2024 REUTERS/Ueslei Marcelino (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

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    247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), criticou a preocupação do mercado financeiro em relação ao anúncio das medidas de corte de gastos do governo, afirmando que a inquietação é, em grande parte, resultado de especulações infundadas.

    "Eu até entendo a inquietação (do mercado), mas é que tem gente especulando em torno de coisas, como o jeito que eu falo. Tem coisas absurdas que as pessoas falam no jornal: ‘o Haddad dormiu muito, dormiu pouco’", disse o ministro, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo

    O governo já havia indicado que as discussões sobre o pacote de cortes seriam priorizadas após as eleições municipais, o que gerou uma expectativa significativa por novidades. Apesar de Haddad ter se reunido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na segunda (28) e terça-feira (27), nenhum detalhe específico sobre as propostas foi divulgado até o momento.

    O ministro enfatizou que um prazo adicional de uma semana para a apresentação das medidas não prejudicará o andamento dos trabalhos, mas sim contribuirá para aprimorar a qualidade das propostas que estão sendo elaboradas pela equipe técnica.

    "Não vai acontecer nada na próxima semana, mas a meta da LDO será cumprida, as projeções de arrecadação seguem boas, e o último Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, que será publicado no fim de novembro, deve mostrar um bom encaminhamento para o fechamento do ano", afirmou.

    Questionado se o nervosismo do mercado é infundado, Haddad disse considerar que sim. "Se fizermos uma boa proposta, uma fórmula adequada, assim como o arcabouço no ano passado dissipou as incertezas e tivemos um ano excelente na sequência, com queda do juro, queda do dólar, ancoragem das expectativas, eu espero que aconteça a mesma coisa", disse o ministro.

    Além disso, Haddad reconheceu que a inquietação é natural e que o cenário externo também apresenta incertezas, como as eleições nos Estados Unidos, a desaceleração da economia chinesa e os desafios no mercado de commodities. "Nosso papel é fazer a melhor redação possível, a melhor proposta nesta direção que a Fazenda defende. Precisamos encontrar um caminho para que essa fórmula tenha sustentabilidade no tempo", concluiu.

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