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    James Green relembra o seu pioneirismo pela causa homossexual, em livro, e fala da eleição de Trump

    Historiador reflete sobre avanços na luta LGBTQIA+, critica eleição de Trump e defende mobilização global contra a ultradireita

    (Foto: Roberto Navarro)

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    247 – James Green falou ao “Denise Assis Convida”, desta semana, relembrando a sua luta para dar dignidade aos homossexuais, numa época em que a militar politicamente e ser gay pareciam atitudes incompatíveis. Green reconhece o seu papel de “desbravador” de um caminho em que a orientação sexual era vista com extremo preconceito, mas diz que hoje já não tem o peso que tinha, como nos anos de 1970, quando participava de manifestações contra a tortura no Brasil. “Isso já foi”, diz ele, que dá ao seu livro um tom corajoso, falando abertamente sobre a sua vida, as suas escolhas e contando histórias e situações da época, às vezes com uma pitada de humor.

    Ele conta que passou semanas deprimido, em choque com a eleição de Trump, que na sua opinião venceu embalado pela onda ultradireitista que vai pelo mundo, mas também por falhas na campanha de Kamala Harris, como a omissão quanto à causa palestina. “Ela preferiu não se posicionar, por causa da posição do Biden e, por exemplo, em Michigan, com grande concentração de palestinos e libaneses, eles disseram que ou não votariam nela, ou simplesmente não iriam votar. E foi o que fizeram”. 

    Sobre as escolhas para compor a equipe de Trump, diz que o papel de Elon Musk é uma incógnita. Não há como avaliar o que pode acontecer. “Não há espaço para tanto poder em um governo. São dois egos enormes. E certamente haverá atritos”, prevê. 

    Para Green, não há boas expectativas com relação ao governo de Trump. “É se organizar nos próximos quatro anos e tirá-lo de lá, como se tirou Bolsonaro no Brasil. O Lula fez muito bem de formar uma frente ampla para fazer frente a Bolsonaro. Kamala tentou fazer isso nos EUA, mas não foi bem compreendida. Houve uma radicalização”, lamenta.

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