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    “Não é fácil governar com uma bancada de sessenta e oito deputados em um universo de quinhentos e treze”, diz Zeca Dirceu

    Deputado aborda desafios do PT na sucessão na Câmara e comenta tramitação do PL da Anistia

    (Foto: Câmara dos Deputados | Agência Brasil)

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    247 - Em entrevista ao Boa Noite 247, o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) compartilhou suas impressões sobre a sucessão na presidência da Câmara e o impacto do Projeto de Lei da Anistia, que busca inocentar envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Dirceu explicou que a bancada do PT está em fase de avaliações internas e destacou os obstáculos de um governo apoiado por uma representação minoritária na Câmara.Na articulação interna do partido, a definição do nome para a sucessão na presidência da Câmara ainda não foi concluída, segundo Dirceu: “A bancada iniciou uma nova etapa da reunião para avaliar se já há segurança para uma decisão agora, ou se ela ficará para daqui a quinze dias, quando retomam os trabalhos. Nada definido ainda, mas com uma grande tendência de se decidir logo.” O deputado não confirmou apoio a Hugo Mota,do partido Republicanos e candidato de Artur Lira. Dirceu considera a presença do PT em espaços-chave da Casa essencial para fortalecer o governo e fazer frente a medidas que avalia como retrocessos: “Esse espaço de mais destaque para a bancada do PT, não só na mesa diretora, mas também em outros espaços importantes, é essencial para resistir a retrocessos.”

    O deputado também ressaltou a importância de conciliar rapidez e precisão no processo de sucessão. “Não podemos ser muito apressados nem muito atropelados; não é a pressa ou a procrastinação que vai nos ajudar. Precisamos ter os elementos e as garantias da viabilidade da vitória e dos espaços para fazer aqui a boa luta política,” explicou. E reforçou: “Não é fácil governar com uma bancada de sessenta e oito deputados em um universo de quinhentos e treze.”

    Sobre o Projeto de Lei da Anistia, retirado de pauta por Arthur Lira (PP-AL), Dirceu avalia que a criação de uma comissão especial adia o tema, possivelmente para depois das eleições na Câmara, o que tem efeitos práticos. “A retirada do projeto feita por Arthur Lira e a criação de uma comissão especial sugere que o assunto será empurrado para depois da eleição na presidência da Câmara. Não resolveu totalmente, mas dificultou bastante,” comentou.

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