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    “O indiciamento pelas joias é apenas a ponta do iceberg, temos os outros processos”, diz Lênio Streck

    Jurista Lênio Streck discute processos contra Jair Bolsonaro e prevê mais complicações para o indiciado como ladrão de joias

    Lênio Streck e Jair Bolsonaro na embaixada da Hungria (Foto: Jacson Miguel Stülp/Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul | Reprodução)

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    247 – Em entrevista ao programa Boa Noite 247, o jurista Lênio Streck afirmou que o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo caso das joias é apenas um aspecto das diversas investigações em andamento. “O indiciamento pelas joias é apenas a ponta do iceberg, temos os outros processos”, destacou Streck.

    Ele enfatizou a importância de considerar todas as investigações em curso, incluindo as fraudes no cartão de vacinação e a suposta participação de Bolsonaro na tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro. “Nós temos 8 de janeiro que por pouco não custou a democracia, uma coisa é usar as joias que são questões de patrimônio, é pública, outra coisa é a vacina, que implica a credibilidade, outra coisa é a democracia”, explicou.

    Streck também comentou sobre o andamento dos inquéritos e a necessidade de manter o foco nas investigações. “Não é o fato que alguns inquéritos estão avançando que não devemos cobrar o 8 de janeiro”, afirmou. Ele ressaltou a importância de um enfoque triplo nas investigações: “Temos que ter foco triplo, focar nas joias, focar nas vacinas e focar no 8 de janeiro.”

    O jurista também falou sobre a conjuntura política e os possíveis desdobramentos dos processos. “Nesse momento, mesmo que todos os processos cheguem juntos, pensem comigo, o tempo conspirou a favor do Bolsonaro, como conspirou a favor do Sérgio Moro, meses atrás ele estava cassado, ele escapou por uma conjuntura que é uma coisa bem brasileira”, afirmou Streck. Ele mencionou que em 2023 havia elementos fortes que poderiam levar a uma prisão preventiva de Bolsonaro, mas que a conjuntura atual é diferente. “Em 2023 havia uma conjuntura, em 2024 é outra conjuntura, para deixar isso bem claro.”

    Streck comentou ainda sobre a possibilidade de não haver prisão preventiva no momento atual. “Neste momento, qualquer um dirá e facilmente o Supremo assim o fará, dirá que não há contemporaneidade, que não há perigo de fuga a menos que isso seja revelado.”

    A entrevista ocorre no contexto das avaliações da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a possibilidade de reunir todos os indiciamentos realizados pela Polícia Federal (PF) contra Jair Bolsonaro em uma única denúncia a ser apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF). Até o momento, Bolsonaro foi indiciado por fraudes no cartão de vacinação e pelo caso do roubo de joias da Presidência da República, além da investigação sobre a tentativa de golpe de 8 de janeiro. Assista:

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