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Ministros do STF veem "provas robustas" contra Bolsonaro no caso do roubo das joias

Para os magistrados, há material suficiente para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresente uma denúncia formal contra Jair Bolsonaro

Joias e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli | REUTERS/Joe Skipper)

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247 - Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) têm considerado como "robustas" as provas apresentadas no relatório da Polícia Federal (PF) que resultaram no indiciamento de Jair Bolsonaro (PL), segundo o jornal O Globo. As acusações incluem peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro, relacionadas ao caso das joias. A avaliação entre os ministros é que há material suficiente para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresente uma denúncia formal contra Bolsonaro.

O relatório da PF, com mais de 400 páginas, detalha a existência de uma organização criminosa que teria operado no entorno de Bolsonaro, roubando joias, relógios, esculturas e outros itens de luxo recebidos como presentes de Estado da Arábia Saudita e Bahrein. A documentação revela, por exemplo, que relógios das marcas Rolex e Patek Philippe, avaliados em US$ 68 mil (R$ 346.983,60 à época), foram negociados pela empresa Precision Watches.

Ministros do STF, que falaram sob condição de anonimato, consideram o material "robusto" e acreditam que há provas claras do envolvimento de Bolsonaro no roubo dos objetos. O relatório foi encaminhado à PGR pelo ministro Alexandre de Moraes, mas o procurador-geral da República, Paulo Gonet, adotou uma abordagem cautelosa e tratará do caso "sem pressa".

A prudência da PGR também se alinha ao contexto eleitoral, com Gonet indicando que não deseja ser acusado de agir politicamente. Com as eleições municipais em outubro, há uma expectativa de que qualquer denúncia contra Bolsonaro seja feita apenas após o pleito, especialmente se não for apresentada até o início da propaganda eleitoral em 16 de agosto.

Os advogados de Bolsonaro classificam o inquérito sobre o suposto desvio das joias como "insólito", afirmando que o ex-mandatário nunca teve a intenção de se apropriar de bens públicos.

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