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    “O timing do atentado em Brasília tem a ver com a vitória do Trump”, diz Brian Mier

    Jornalista relaciona atentado no Brasil à ascensão do fascismo global, impulsionado pela vitória de Donald Trump nos Estados Unidos

    Brian Mier, Jair Bolsonaro e Donald Trump (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Divulgação)

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    247 – O jornalista Brian Mier, em participação no programa Bom Dia 247, fez uma análise sobre o contexto global do crescimento do fascismo e relacionou o recente atentado em Brasília à vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos.

    “É importante fazermos o vínculo entre esse atentado e a vitória do Trump, porque todos sabiam que essa vitória iria empoderar os bolsonaristas”, afirmou Mier. Ele destacou que o momento do atentado não foi coincidência. “A data e o timing têm tudo a ver com a vitória de Trump.”

    Mier contextualizou o fortalecimento dos movimentos de extrema direita no mundo, comparando o momento atual ao período que antecedeu a ascensão do nazismo. “O movimento fascista está mais forte agora do que em qualquer época desde a década de 1930. Uma das táticas que eles utilizam é chamada de ‘diagonalismo’, onde pautas que atraem parte da esquerda são usadas para puxá-la em direção ao fascismo.”

    O jornalista exemplificou o uso dessa estratégia no Brasil com a atuação de grupos como o MBL, que empregam críticas ao liberalismo para atacar a democracia e promover a desestabilização política. “Eles sequestram termos como cultura woke para deslegitimar os últimos 100 anos de lutas por direitos, como os direitos da população negra no Brasil.”

    Mier também citou declarações de especialistas e estratégias divulgadas por meios internacionais que reforçam o impacto da vitória de Trump na América Latina. “Uma matéria da agência estatal russa TASS afirma que Trump vê a principal linha de frente da guerra não tanto na Ucrânia, mas na América Latina e no Sudeste Asiático. O texto fala em tentativas de substituir os presidentes do Brasil e da Venezuela e fragmentar alianças emergentes como o BRICS.”

    O jornalista apontou que as escolhas de Trump para seu gabinete reforçam essas preocupações. “Carlos Trujillo, provável nome para assuntos da América Latina, liderou processos que deslegitimaram as eleições na Bolívia, o que resultou no golpe contra Evo Morales. Trump está escolhendo figuras com histórico de desestabilização na região.”

    Mier comparou a ascensão de Trump à de Hitler, destacando os paralelos históricos. “Como Hitler, Trump tem uma base fanática, mas também é apoiado por setores da elite política que acreditam poder controlá-lo. Esse é o mesmo erro que os conservadores alemães cometeram nos anos 1930.”

    Por fim, Mier alertou sobre o impacto global dessa ascensão e criticou a narrativa que tenta isolar ações extremistas como episódios de loucura. “Não podemos ver o atentado em Brasília como um ato isolado. Ele faz parte de um contexto mundial em que o fascismo está sendo fortalecido e empoderado pela vitória de Trump.” Assista:

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