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    "Trump quer isolar China e reforçar domínio dos EUA”, avalia Breno Altman

    Estratégia de Donald Trump visa pressão econômica, separação de alianças e domínio no Oriente Médio e América Latina

    (Foto: Reuters | Divulgação )
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    247 - Em uma análise profunda publicada no canal Opera Mundi, o jornalista Breno Altman destaca os possíveis movimentos de Donald Trump em uma eventual nova administração, com foco em reestruturar a política externa americana. De acordo com Altman, Trump estaria inclinado a adotar uma postura mais agressiva em relação aos adversários dos EUA, utilizando sanções e uma política econômica protecionista para punir países que tentem enfraquecer o dólar como moeda universal.

    Altman aponta que Trump deve optar por uma abordagem mais isolacionista com a Europa e focar a presença militar dos EUA na Ásia, principalmente contra a China. “Trump já declarou que o fim do dólar como moeda universal equivaleria a perder uma guerra mundial”, destaca o jornalista, indicando que o ex-presidente considera ameaças à dolarização um dos principais alvos de sua política externa. Essa postura deverá intensificar o uso de sanções econômicas como mecanismo de coerção e fortalecer uma política “nacionalista e chovinista”, nas palavras de Altman.

    Segundo a análise, Trump também teria como estratégia separar Rússia e China, concentrando a tensão militar na China enquanto oferece à Rússia concessões que poderiam incluir garantias de segurança e possíveis remoções de sanções. No entanto, Altman pondera que, após anos de conflito e deterioração nas relações, é improvável que Vladimir Putin se desvincule de Xi Jinping para satisfazer interesses americanos.

    Outro ponto crucial da análise é o foco de Trump no Oriente Médio. Altman ressalta que, em um eventual governo, Trump deverá reforçar o apoio a Israel e manter pressão intensa sobre o Irã, buscando “a capitulação ou destruição da República Islâmica”. De acordo com o jornalista, o Oriente Médio é central para Trump por sua localização estratégica e seus vastos recursos energéticos: “O Oriente Médio precisa estar sob controle norte-americano para garantir o domínio da região em um possível conflito contra a China e a Rússia”.

    A América Latina também integra o plano de expansão da influência americana. Altman prevê que Trump buscará dobrar os governos progressistas da região, favorecendo lideranças de extrema-direita, como Javier Milei e Jair Bolsonaro, para conter as forças contrárias à influência dos EUA. Venezuela e Cuba, vistos como baluartes do anti-imperialismo na região, devem enfrentar um aperto ainda maior, com sanções e isolamentos mais severos.

    Por fim, a análise sugere que Trump se distanciará da OTAN e dos compromissos com a segurança europeia, transferindo tais encargos aos próprios países europeus. Dessa forma, ele concentraria forças militares e econômicas no eixo asiático, especialmente no Mar da China, enquanto fortalece alianças pontuais no Oriente Médio e na América Latina para conter avanços de outras potências globais. Assista:

     

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