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      Randolfe Rodrigues: “o Amapá também é Brasil porque teimou em ser brasileiro”

      Senador defende exploração de petróleo pela Petrobras na costa amapaense como parte de um novo ciclo de desenvolvimento sustentável

      Randolfe Rodrigues (Foto: Paulo Victor Lago)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – Em discurso no evento Margem Equatorial e Políticas Públicas, realizado no dia 26 de março, em Brasília, pelo Brasil 247, pela TV 247 e pelo site Agenda do Poder, o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) fez uma apaixonada defesa do Amapá, de sua história e do papel que o estado pode exercer no futuro energético do país. Em sua fala, Randolfe destacou a importância da pesquisa e da exploração de petróleo na costa amapaense, sob responsabilidade da Petrobras, como motor de desenvolvimento econômico e afirmação de soberania nacional.

      “Somos Brasil porque teimamos em ser brasileiros”, afirmou o senador ao lembrar a resistência histórica do povo amapaense à dominação estrangeira e à invisibilidade imposta por sua posição geográfica. Segundo ele, o Amapá tem sido negligenciado por décadas e, agora, precisa ocupar o lugar de protagonista, especialmente no contexto da transição energética.

      Ao lado de parlamentares, pesquisadores, lideranças indígenas e representantes do setor público, Randolfe saudou nomes históricos da luta ambiental, como Maria Alegrete, que, junto a Chico Mendes, ajudou a formular o conceito de reservas extrativistas no Brasil. O senador lembrou que “foi com sangue e resistência que consolidamos nossas fronteiras ao norte”, referindo-se à disputa com franceses no território que hoje compõe o estado.

      O Amapá, enfatizou Randolfe, é um dos estados com menor densidade demográfica do país e ainda enfrenta sérios desafios socioeconômicos. Dos seus 802 mil habitantes, 123 mil famílias dependem do Bolsa Família, o que revela a vulnerabilidade social da população. “Temos um PIB de apenas R$ 3,6 bilhões. É urgente mudarmos essa matriz econômica”, declarou.

      Para ele, a Petrobras representa a oportunidade de viabilizar uma nova etapa de desenvolvimento: “Não estamos falando de qualquer empresa. Estamos falando da Petrobras, construída a partir da luta do povo brasileiro pelo controle soberano do nosso petróleo. É essa empresa que queremos aqui, porque ela tem compromisso com o Brasil.”

      Preservação da floresta

      Randolfe rechaçou o modelo de desenvolvimento predatório que marcou os grandes projetos da Amazônia nas décadas passadas. Ele apresentou o Projeto de Lei 132/2024, que propõe a destinação de ao menos 20% dos recursos excedentes da exploração petrolífera para iniciativas de preservação da floresta, fortalecimento dos povos originários e promoção da justiça social. “Não queremos repetir os erros do passado. Queremos desenvolvimento com responsabilidade ambiental e social”, pontuou.

      O senador rebateu críticas à iniciativa de exploração em águas profundas, como a alegação de que o projeto afetaria comunidades indígenas. “Quem afirma isso sequer conhece os povos do Oiapoque. Muitos deles têm pistas de pouso em suas aldeias. Trata-se de um desconhecimento que beira a má-fé.”

      Ele também ressaltou que o petróleo já está sendo explorado por empresas estrangeiras na Guiana e no Suriname, regiões limítrofes ao Amapá. 

      “Se não fizermos a pesquisa e a exploração, outros farão. Aliás, já estão fazendo. A diferença é que queremos que seja a Petrobras, uma empresa pública brasileira, que permaneça aqui, gere riqueza aqui e respeite a nossa gente.”

      Randolfe encerrou sua intervenção com um apelo à racionalidade e à ciência. Para ele, a pesquisa ambientalmente responsável e tecnicamente embasada é o caminho para o país liderar a transição energética no cenário global. “O bom senso e os dados nos mostram que essa exploração é necessária para o Amapá, para o Brasil e para o futuro da energia limpa no planeta.” Assista:

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