Com mudanças climáticas, mortes por calor na Europa podem triplicar, mostra pesquisa
As mortes relacionadas ao frio diminuiriam, mas em percentual menor
247 - Um estudo publicado na revista The Lancet Global Health apontou que as mortes anuais por calor na Europa podem triplicar até o fim do século. As mortes relacionadas ao frio diminuiriam, mas em percentual menor (8%). A nova simulação epidemiológica considerou dados referentes a 854 cidades, de 30 países, perfazendo 1.368 regiões. Os números foram publicados no jornal Folha de S.Paulo.
Em análise estatística do período 1991-2020, cerca de 44 mil pessoas morrem por causa do calor no continente anualmente e 364 mil pessoas morreram devido ao frio. São 8,3 mortes por frio para cada 1 por calor. Com um possível aumento de 3°C na temperatura do planeta na comparação com os níveis pré-industriais, a proporção em 2100 mudaria para 2,6 para 1.
O Acordo de Paris estabelece o objetivo de limitar o aumento da temperatura global abaixo dos 2°C, tendo 1,5°C como referência. O aumento da temperatura tem consequências como extinção de espécies, perda de áreas costeiras e aumento de mortes por doenças tropicais ou meramente pelo calor.
No ser humano, o calor pode destruir estruturas celulares, impedir a regulação da temperatura interna e provocar desidratação grave, o que pode resultar na falência de múltiplos órgãos e à morte. O frio pode matar ao causar hipotermia, que interrompe funções como o bombeamento de sangue pelo coração, a respiração e o funcionamento do cérebro.
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