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COP16: mulheres reivindicam seu papel como protagonistas da proteção da natureza

Ativistas de Mianmar, Quênia, Costa Rica, Argentina e Colômbia apresentaram projetos de restauração e proteção de recursos naturais

Cop16 na Colômbia (Foto: Luisa Gonzalez / Reuters)

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247 - Representantes de coletivos de mulheres, defensoras do meio ambiente, indígenas, camponesas, afrodescendentes e ativistas da terra pediram nesta semana vozes sejam ouvidas e seu trabalho como guardiãs da natureza seja reconhecido. Defensoras e ativistas de Mianmar (Ásia), Quênia (África), Costa Rica (América Central), Argentina (América do Sul) e Colômbia (América do Sul), entre outros países, apresentaram projetos de restauração e proteção dos recursos naturais que, ao redor do mundo, incluem uma abordagem de gênero. De acordo com os números mais recentes da Global Witness, o território colombiano é o país mais perigoso para defender o meio ambiente. Em 2023 foram assassinados 79 líderes e defensores ambientais.

As lideranças fizeram os protestos durante a COP 16, a Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade, que ocorre de 21 de outubro a 1º de novembro em Cali, na Colômbia. “É importante a participação das mulheres nesses espaços porque somos nós, mulheres, quem cuidamos do território e transmitimos os conhecimentos de nossos povos para a nova juventude”, explicou à agência EFE Deisy Brigitte Escobar, uma líder indígena membro da Associação de Cabildos do Povo Siona.

Integrante da ONU Mulheres, María Noel Vaeza disse que, "sem o cuidado, não podemos avançar na proteção do meio ambiente, e não haverá uma sociedade do cuidado se não interconectarmos ambas as agendas". "Os ministérios do meio ambiente e das mulheres devem atender juntos a agenda de gênero".

Junto a outras iniciativas, como a assinatura da Declaração para a Criação da Rede de Mulheres Piangüeras/Concheras do Pacífico Leste Tropical e a celebração do Fórum Internacional de Mulheres e Biodiversidade.

Brasil

O Brasil terá uma agenda com mais de 20 temas para debate, com foco no financiamento para biodiversidade e sequenciamento digital dos recursos genéticos. A ministra Maria Angélica Ikeda, diretora do departamento de Meio Ambiente do MRE, explicou que dentro do Marco Global de Biodiversidade Kunming-Montreal foi definido que haveria um financiamento para a biodiversidade de 200 bilhões de dólares. Desse valor, uma parcela é dos países desenvolvidos para os países em desenvolvimento.

De acordo com a dirigente, "a meta para 2025 é de US$ 20 bilhões e, em 2030, deveria chegar a US$ 30 bilhões. Estamos falando especificamente dos fluxos de países desenvolvidos, ou outros que resolveram contribuir, para países em desenvolvimento".

"Há um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) deste ano que mostra que estamos ainda longe dessa meta dos países desenvolvidos. O próprio relatório diz que, no fluxo bilateral de países desenvolvidos para países em desenvolvimento, os projetos que têm a biodiversidade como objetivo principal têm caído, e os números estão bastante aquém daqueles US$ 20 bilhões", resumiu (com informações da Secom).

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