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    Sonia Guajajara defende conhecimento indígena como solução para a crise climática: 'a guerra é longa'

    De acordo com uma pesquisa, 370 milhões de povoados indígenas controlam ou têm direito de posse de mais de 38 milhões de km² em 87 países dos cinco continentes

    Sônia Guajajara (Foto: Lula Marques/Ag. Brasil)

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    247 - A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, afirmou nesta semana que a solução para a crise ambiental das mudanças climáticas precisa ser o maior protagonismo, incentivo e respeito aos saberes indígenas. Divulgado pelo jornal científico Nature Sustainability, em 2018, o artigo "Uma visão espacial da importância global das terras indígenas para a conservação" apontou que, por meio de informações geoespaciais coletadas, 370 milhões de povoados indígenas controlam ou têm direito de posse de mais de 38 milhões de quilômetros quadrados (km²) em 87 países dos cinco continentes.

    Os números representam mais de um quarto da superfície terrestre do mundo e reúne aproximadamente 40% de todas as áreas terrestres protegidas e paisagens ecologicamente intactas. Com consequência, mais de 80% da biodiversidade em todo o planeta acaba sob a proteção dos indígenas.

    "Enquanto vemos um genocídio ocorrendo na Palestina, também há pessoas no Brasil sofrendo ataques como este. Defender o povo ianomâmi é uma prioridade do presidente Lula. Mas é uma guerra longa e forte", afirmou Sonia na Plenária de Abertura do Skoll World Forum, Sonia Guajajara, fez um pronunciamento de alerta ambiental para uma plateia de 1.400 pessoas na quarta-feira (10), durante evento realizado na Universidade de Oxford, Inglaterra.

    "Um mundo em emergência precisa reconhecer o papel dos povos e dos conhecimentos tradicionais para conter a crise climática. Nós, povos indígenas, somos apenas 5% da população mundial e protegemos 82% da biodiversidade no planeta".

    De acordo com a ministra, "a luta do Ministério e dos povos indígenas é uma luta que une a defesa dos direitos humanos com a luta do meio ambiente". "Busca reconhecer os territórios e saberes ancestrais, para que a biodiversidade possa ser preservada e um modelo justo e saudável para que o mundo possa ser promovido. Uma luta que procura colocar a justiça climática no centro do debate".

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