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Trump pretende retirar novamente os Estados Unidos do Acordo de Paris

Campanha confirma que candidato republicano não pretende seguir no acordo climático

Ex-presidente Donald Trump em evento de campanha em Freeland, Michigan, EUA (Foto: REUTERS/Brendan McDermid)

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247 – O ex-presidente e candidato presidencial republicano Donald Trump retiraria os Estados Unidos do Acordo Climático de Paris pela segunda vez se vencer as eleições presidenciais de novembro, afirmou um porta-voz da campanha ao site Politico na última sexta-feira. Durante um comício em Chesapeake, Virginia, em 28 de junho de 2024, Trump reiterou suas críticas ao acordo, descrevendo-o como "um péssimo negócio para os Estados Unidos" e "um desastre". Este anúncio não surpreende, dado o histórico de Trump, que já havia retirado os EUA do acordo durante seu mandato anterior.

Desde que Trump deixou o acordo, conservadores têm preparado o terreno para uma nova retirada, elaborando ordens executivas para que Trump possa assiná-las rapidamente caso retorne à Casa Branca. Uma dessas ordens poderia até remover os Estados Unidos de toda a estrutura da ONU que sustenta as negociações climáticas globais. Este passo seria muito mais definitivo e poderia causar danos duradouros aos esforços para limitar o aquecimento global, segundo um advogado familiarizado com o processo que preferiu não se identificar.

A administração de Joe Biden, por outro lado, fez progressos ao garantir acordos globais para combater as mudanças climáticas desde que os EUA retornaram ao Acordo de Paris após a retirada de Trump. Isso inclui um acordo significativo com a China, o maior poluidor climático do mundo, para reduzir as emissões do setor de energia nesta década e controlar todos os gases de efeito estufa. Uma retirada dos EUA seria um retrocesso no momento em que partidos verdes enfrentam derrotas nas eleições recentes na União Europeia, comprometendo uma voz chave que frequentemente pressiona por ações climáticas mais ambiciosas.

Entenda o que é o Acordo de Paris

O Acordo de Paris é um tratado internacional assinado em 2015 durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP21) realizada em Paris, França. Seu principal objetivo é reduzir as emissões de gases de efeito estufa a nível global para combater as mudanças climáticas e limitar o aumento da temperatura média global a menos de 2°C em relação aos níveis pré-industriais, idealmente buscando limitá-lo a 1,5°C.

Algumas características principais do Acordo de Paris incluem:

  1. Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs): Os países são incentivados a apresentar metas específicas de redução de emissões, conhecidas como NDCs, que devem ser revisadas e aumentadas ao longo do tempo.
  2. Transparência e Prestação de Contas: O acordo estabelece um sistema de transparência para monitorar e relatar o progresso dos países na implementação de suas metas.
  3. Financiamento Climático: Compromissos foram feitos para auxiliar os países em desenvolvimento com financiamento e tecnologia para enfrentar os impactos das mudanças climáticas e para apoiar a transição para economias de baixo carbono.
  4. Revisões Periódicas: O acordo prevê revisões regulares para avaliar o progresso global em relação aos objetivos estabelecidos e para aumentar a ambição das metas de redução de emissões.

O Acordo de Paris entrou em vigor em novembro de 2016, após ter sido ratificado por um número suficiente de países. Desde então, tem sido um marco importante no esforço global para combater as mudanças climáticas, embora o progresso na implementação das metas tenha variado entre os países.

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