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    Delegado da PF nega racismo em publicação de Breno Altman contra o "Estado colonial de Israel"

    Ditado chinês citado pelo jornalista causou polêmica: "não importa a cor dos gatos, desde que eles cacem ratos"

    Breno Altman (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reprodução)

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    247 - A Polícia Federal concluiu, nesta semana, que o jornalista Breno Altman não cometeu crime de racismo ao publicar uma mensagem sobre o conflito entre Israel e Hamas, em outubro de 2023. De acordo com apuração publicada pela coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, a decisão encerra uma investigação iniciada após a Confederação Israelita do Brasil (Conib) apresentar uma denúncia de fato contra Altman, alegando que suas declarações configurariam racismo, incitação e apologia ao crime.

    Na mensagem, Altman sugeria que, embora discordasse dos métodos do Hamas, o grupo seria “parte decisiva da resistência palestina contra o Estado colonial de Israel" e complementava: "relembrando o ditado chinês, nesse momento não importa a cor dos gatos, desde que eles cacem ratos". A postagem gerou polêmica e foi interpretada como ofensiva por parte da comunidade judaica, levando a Conib a solicitar uma investigação. Em seu depoimento à PF, o jornalista defendeu-se afirmando que a acusação de racismo era “uma impropriedade a toda prova”, justificando que ele mesmo é de origem judaica. Ele explicou que recorreu a “um célebre ditado chinês sobre eficácia” e que não houve “qualquer intenção de comparar judeus a ratos”.

    O delegado Renato Pereira de Oliveira, responsável pela investigação, concluiu que houve uma “interpretação equivocada” da mensagem, recomendando o arquivamento do caso. Com isso, o inquérito será encaminhado ao Ministério Público Federal, que poderá decidir entre arquivar o caso, solicitar novas diligências ou, se discordar da PF, apresentar uma denúncia judicial.

    Apesar do desfecho favorável na esfera criminal, Altman enfrenta uma decisão cível. Na última quinta-feira (31), ele foi condenado a pagar uma indenização de R$ 20 mil por cinco publicações consideradas racistas contra judeus, incluindo a que suscitou o ditado chinês. Essa condenação se soma a uma sentença anterior, na qual Altman foi condenado a três meses de prisão por injúria contra o economista Alexandre Shwartsman e o presidente da organização StandWithUs Brasil, André Lajst, em outro contexto envolvendo publicações sobre o genocídio na Faixa de Gaza. A pena de detenção, no entanto, foi convertida em multa, e os advogados de Altman já sinalizaram que pretendem recorrer.

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