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    Empresa usada por Musk diz à Anatel que "isolou" o tráfego usado na rede social X após determinação do STF

    A Agência Nacional de Telecomunicações enviou notificações para 20 mil operadoras e provedores de internet

    Marca da rede social X, do bilionário Elon Musk (Foto: Dado Ruvic / Reuters)

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    247 - Utilizada pelo bilionário Elon Musk para driblar a suspensão da rede social X no Brasil, após determinação do Supremo Tribunal Federal, a empresa Cloudflare afirmou que "isolou" o tráfego usado na plataforma. A companhia que deu a informação à Anatel é uma empresa dos Estados Unidos referência na distribuição de conteúdo e serviços de domínio. A Agência Nacional de Telecomunicações enviou notificações para 20 mil operadoras e provedores de internet. A Anatel espera que as operadoras consigam bloquear o acesso entre esta quarta-feira (18) e quinta-feira (19). A informação foi publicada nesta quarta-feira (18) na coluna de Andreza Matais.

    O X foi bloqueado em 30 de agosto por determinação do ministro do Supremo, Alexandre de Moraes. O magistrado afirmou que a empresa de Musk violou as leis brasileiras ao fechar seu escritório no Brasil. A rede social também não retirou do ar perfis com mensagens golpistas, conforme destacou a colunista.

    Conforme a Anatel, a rede social tentou descumprir a determinação do Supremo. Apurações da agência de telecomunicações apontaram que o conteúdo do X foi movido para redes de servidores chamadas CDNs (Redes de Distribuição de Conteúdo). Por consequência, não estavam bloqueados os endereços IP a partir dessas novas redes. Usuários foram redirecionados para servidores, no domínio da  Cloudflare, não afetados pela decisão judicial.

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    Elon Musk. Foto: Reuters/Gonzalo Fuentes

    O empresário Elon Musk alegou que seus funcionários estavam sob ameaça de prisão por Moraes, por não cumprirem ordens que Musk considerava abusivas. Ataques ao STF são uma estratégia usada pela extrema-direita no Brasil, principalmente por bolsonaristas. Durante sua gestão, Jair Bolsonaro (PL) tentou transmitir à população a ideia de que o Judiciário prejudicava o governo. Ele também defendeu a participação das Forças Armadas na apuração do resultado das eleições.

    Em 2024, a Polícia Federal iniciou a Operação Tempus Veritatis ("A Hora da Verdade"), com o objetivo de obter mais detalhes do plano golpista e punir os envolvidos no esquema. A tentativa de golpe previa a prisão dos ministros do STF Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

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