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    Instagram remove postagem criminosa de Pablo Marçal, o delinquente da política brasileira

    Postagem sobre suposta internação de Boulos por uso de droga é retirada após atingir mais de 373 mil likes

    Pablo Marçal (Foto: Reprodução/Instagram)

    247 – Pablo Marçal, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, ultrapassou todos os limites ao divulgar um documento falso que alegava uma internação psiquiátrica de Guilherme Boulos (PSOL) e o uso de cocaína pelo adversário. A postagem, que alcançou mais de 373 mil curtidas e 70 mil comentários antes de ser removida pelo Instagram, foi retirada do ar na noite desta sexta-feira após ser denunciada como fake news. No entanto, mesmo após a remoção, apoiadores de Marçal se organizaram via WhatsApp para continuar espalhando a imagem em outros perfis, numa clara tentativa de perpetuar a desinformação.

    O documento divulgado por Marçal sugeria que Boulos teria sido encaminhado para uma emergência psiquiátrica em 2021, com um diagnóstico de "surto psicótico grave" e "ideias homicidas", além de alegar que ele havia testado positivo para cocaína. A negativa de Boulos veio logo em seguida, durante uma live em suas redes sociais, onde desmentiu categoricamente as acusações, apontando inconsistências óbvias no laudo falso.

    “O dono da clínica que ele menciona tem vídeos com Marçal e é apoiador dele. O laudo foi falsificado usando o CRM de um médico que já faleceu há dois anos. Olha o nível que ele chegou,” denunciou Boulos, referindo-se ao médico José Roberto de Souza, cujo CRM consta no documento e que, segundo os registros, morreu em 2022. Além disso, Boulos comprovou que na data da suposta internação estava na favela do Vietnam, em São Paulo, distribuindo cestas básicas, e apresentou fotos e vídeos como prova.

    Além de não conter assinatura digital ou QR code, exigências básicas em documentos médicos digitais, o falso receituário possui outros erros grotescos. O neurologista Raphael Ribeiro Spera, ouvido pelo jornal O Globo, destacou que a falta de um carimbo médico e a forma incomum como o quadro clínico foi descrito tornam o laudo ainda mais duvidoso. "Esses dados não são colocados explicitamente em um relatório, a menos que seja uma transferência interhospitalar", comentou Spera, evidenciando mais uma falha no documento fabricado.

    Marçal, que durante toda a campanha fez insinuações sobre o suposto uso de cocaína por Boulos sem jamais apresentar provas, agora enfrenta uma série de questionamentos sobre sua conduta. Sua estratégia suja revela, mais uma vez, o nível de desespero e falta de escrúpulos em uma tentativa clara de desviar a atenção do debate político para calúnias e difamações sem fundamento.

    A campanha de Boulos não deixou o ataque passar em branco. Em uma nota oficial, sua equipe classificou o documento como "falso e criminoso", afirmando que Marçal responderá na Justiça Eleitoral, cível e criminal por suas ações. "Marçal mostra mais uma vez ser um criminoso recorrente, que usa de mentiras absurdas para atacar a honra e a reputação e tentar promover uma manipulação sem precedentes no processo eleitoral", diz a nota.

    O episódio escancara a urgência de medidas mais rígidas contra o uso de fake news nas eleições brasileiras. A desinformação promovida por figuras como Pablo Marçal não só afeta a integridade do processo democrático, mas também atinge a reputação de candidatos de forma irreparável. Agora, com a remoção da postagem pelo Instagram, resta saber se a Justiça Eleitoral e Criminal tomará as medidas cabíveis para que Marçal e seus apoiadores sejam punidos.

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