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Aborto não é um "direito reprodutivo", diz funcionário do Vaticano à ONU

O religioso também comentou sobre a identidade de gênero declarada, e não o sexo biológico, usada para identificar as pessoas

Pietro Parolin (Foto: Reprodução (YT-Reuters))

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247 - O Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano, afirmou na Assembleia Geral da ONU que o aborto não é uma forma de "saúde sexual e reprodutiva". O religioso também comentou sobre o fato de que, nos últimos anos, a definição de "gênero" tem sido aplicada para designar pessoas de acordo com a identidade de gênero declarada, e não pelo sexo biológico. É o caso, por exemplo, dos transexuais. Pesquisa na América Latina feita em 2021 pela Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (FMB/Unesp) mostrou que 2% da população adulta brasileira (cerca de 3 milhões de indivíduos) é formada por pessoas transgênero ou não-binárias.

"Com referência ao 'gênero', a Santa Sé entende o termo como fundamentado na identidade sexual biológica, que é masculina ou feminina", afirmou o cardeal na ONU. De acordo com o religioso, a cúpula da ONU estava ocorrendo "em um cenário de aparente crise no sistema multilateral", o que ele afirmou ser consequência da "erosão da confiança entre as nações, evidenciada pela crescente prevalência e intensidade dos conflitos". Os relatos foram publicados no Christian Post

"O futuro deve ser construído sobre uma base de princípios, incluindo a dignidade inerente, dada por Deus a cada indivíduo, a promoção do desenvolvimento humano integral, a igualdade e a dignidade soberana das nações, além do estabelecimento de confiança entre elas", afirmou Parolin.

"É imperativo garantir um futuro digno para todos, assegurando as condições necessárias — incluindo um ambiente familiar acolhedor — para facilitar o florescimento humano, ao mesmo tempo que enfrentamos os inúmeros desafios que impedem isso, como aqueles resultantes da pobreza, conflito, exploração e dependência", acrescentou.

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