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    Acordo de cessar-fogo em Gaza pode ser finalizado até o fim desta semana, diz Trump

    Presidente eleito dos Estados Unidos afirmou que "houve um aperto de mãos"

    Donald Trump (Foto: REUTERS/Jeenah Moon)
    Redação Brasil 247 avatar
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    247 - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que um acordo para resolver o conflito na Faixa de Gaza pode ser finalizado até o fim desta semana.

    Nesta segunda-feira (13), o portal de notícias Walla informou, citando fontes anônimas, que Israel e os mediadores chegaram a um consenso sobre um projeto de acordo para encerrar o conflito na Faixa de Gaza e viabilizar a libertação de reféns. A emissora Al Arabiya relatou que o Hamas enviou uma resposta ao projeto sem apresentar objeções.

    "Entendo que houve um aperto de mãos e que estão finalizando o acordo, talvez até o fim da semana", disse Trump em entrevista à emissora Newsmax nesta segunda-feira.

    Negociações mediadas estão em andamento em Doha para discutir um cessar-fogo gradual em Gaza e a troca de prisioneiros palestinos detidos em prisões israelenses por reféns mantidos no enclave.

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    Bandeiras do Hamas e de Israel (Foto: Reuters)

    As Forças de Defesa de Israel lançaram a "Operação Espadas de Ferro" na Faixa de Gaza e impuseram um bloqueio total ao enclave em outubro de 2023.

    O número de mortos na Faixa de Gaza devido aos ataques indiscriminados israelenses ultrapassou 46 mil desde 7 de outubro de 2023, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza.

    Em outubro de 2023, Israel foi alvo de uma operação militar sem precedentes com foguetes lançados da Faixa de Gaza, governada pelo movimento palestino Hamas. Além disso, militantes palestinos invadiram as áreas fronteiriças, abriram fogo contra militares e civis e fizeram reféns. Cerca de 1,200 pessoas foram mortas durante o ataque. 

    Mais de 250 pessoas foram capturadas no ataque e levadas para a Faixa de Gaza, de acordo com as autoridades israelenses.

    As ações de Israel foram alvo, em dezembro de 2023, de uma queixa na Corte Internacional de Justiça (CIJ), apresentada pela África do Sul. Pretória  pediu a adoção de medidas provisórias contra autoridades israelenses diante de ações consideradas genocidas. A África do Sul alegou que os ataques e omissões de Israel  na Faixa de Gaza violam obrigações sob a Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio. Israel alega estar se defendendo de ataques terroristas e contesta a ação. O governo brasileiro declarou apoio ao processo sul-africano. 

    Em janeiro de 2024, a CIJ ordenou que Israel tomasse todas as medidas necessárias para prevenir o genocídio na Faixa de Gaza, punisse os defensores do genocídio contra os palestinos e garantisse o fluxo de ajuda humanitária para o povo de Gaza. No entanto, não obrigou Israel a interromper a ofensiva, como havia solicitado a África do Sul na ação judicial. Diversos países, incluindo o Brasil, apoiam o processo contra Israel.

    Em novembro de 2024, a CIJ emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant e lideranças do Hamas, citando crimes de guerra. Tanto Israel quanto o Hamas negam cometer crimes de guerra.

    Negociações de cessar-fogo no Cairo, Egito, e em Doha, Catar, se intensificaram nas últimas semanas. (Com informações da Sputnik).

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