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Arábia Saudita decide não renovar o 'pacto do petrodólar' e desafia os EUA

O governo saudita juntou-se a um teste transfronteiriço de moeda digital do banco central dominado pela China

Mohammed bin Salman (Foto: SAUDI ROYAL COURT via REUTERS)

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247 - A Arábia Saudita anunciou esta semana que não vai renovar o acordo do petrodólar, assinado em 1974 entre o então secretário de Estado americano Henry Kissinger e o príncipe herdeiro Fahd da Arábia Saudita. Pela proposta, as exportações de petróleo sauditas seriam pagas em dólares norte-americanos. Mas, após o anúncio do príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman (MBS), no último domingo (9), a decisão do país asiático pode mudar a política econômica voltada à inflação nos Estados Unidos e as importações feitas pelo governo americano. Os sauditas juntaram-se a um teste transfronteiriço de moeda digital do banco central dominado pela China. 

A medida, anunciada pelo Banco de Compensações Internacionais na quarta-feira, fará com que o banco central da Arábia Saudita se torne um “participante pleno” do Projeto mBridge, uma colaboração lançada em 2021 entre os bancos centrais da China, Hong Kong, Tailândia e Emirados Árabes Unidos.

Um dos motivos para a decisão da Arábia é o comércio cada vez mais estreito com países como China, Índia, Japão e Rússia, que também demonstram interesse em ter economias menos dependentes do dólar. 

“O projeto transfronteiriço de CBDC mais avançado acaba de adicionar uma grande economia do G20 e o maior exportador de petróleo do mundo”, disse Josh Lipsky, que dirige um rastreador global de CBDC, abrindo uma nova aba no Atlantic Council, com sede nos EUA.

“Isso significa que no próximo ano você pode esperar ver uma expansão da liquidação de commodities na plataforma fora do dólar – algo que já estava em andamento entre a China e a Arábia Saudita, mas agora tem uma nova tecnologia por trás dele.”

* Com informações da Reuters

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