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    Ataque do Irã foi "gesto" de resposta, "mas a questão é como Israel vai responder", alerta Celso Amorim

    "O Irã queria fazer um gesto", afirmou o assessor do presidente Lula para assuntos internacionais, lembrando que o país teve seu consulado na Síria atacado

    Celso Amorim (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

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    247 - Neste sábado (13), ataques do Irã contra Israel despertaram preocupações e incertezas quanto ao futuro do Oriente Médio. O assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, o ex-chanceler Celso Amorim, em entrevista a Jamil Chade, do UOL, avaliou a situação e seus possíveis desdobramentos: ele descreveu os ataques como "gestos" de resposta após o Irã ter seu consulado na Síria atacado pelas forças israelenses. O que vai acontecer de agora em diante, salientou, depende de como Israel reagirá.

    O diplomata brasileiro ressaltou ser "sempre difícil" determinar o iniciador de uma crise no Oriente Médio, mas afirmou que, neste caso específico, o ataque iraniano foi uma retaliação ao bombardeio contra o consulado de Teerã em Damasco, na Síria, que resultou na morte de um alto militar da Guarda Revolucionária Iraniana. "O Irã queria fazer um gesto", definiu.

    "Por sorte ou por qualquer outro motivo, os drones e mísseis não atingiram seus alvos", comentou Amorim, "mas a questão é como o governo de Israel vai responder". Ele informou também que, por enquanto, não há planos para convocar reuniões do G20 ou do Brics, liderados pelo Brasil, mas destacou que o G7 e o Conselho de Segurança da ONU já estão tomando medidas emergenciais.

    O embaixador brasileiro não descartou a possibilidade de a crise se intensificar e sair de controle - "é sempre um risco" -, alertando para as consequências de uma turbulência ainda maior na região. 

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